R$ 7 MIL

Universidade pública é condenada por transfobia após usar 'nome morto' de aluna

Ela se identifica como travesti e já havia retificado seu nome civil para o feminino, três anos antes de entrar na universidade

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Publicado em 22 de abril de 2024 às 12:02

Brunna Nunes Barros
Brunna Nunes Barros Crédito: Reprodução/Instagram

A Universidade Federal de Sergipe foi condenada a indenizar uma aluna que acusa a instituição de transfobia. Brunna Nunes Barros, 25 anos, aluna de Design Gráfico, disse ter sido constrangida após a UFS usar seu antigo nome.

Ela se identifica como travesti e já havia retificado seu nome civil para o feminino, três anos antes de entrar na Universidade, em 2022.

Segundo o portal UOL, a UFS passou a se referir em sucessivos e-mails a ela pelo "nome morto", que era chamada antes da mudança. Ela apresentou dados cadastrais para a matrícula já como Brunna e a lista de aprovação do vestibular também estava correta.

Ainda de acordo com o UOL, a UFS exigiu que Brunna apresentasse documentos antigos. "Fiquei revoltada, falei que na lista de aprovação estava Brunna, então por que eu teria que enviar documentos antigos já que fui aprovada como Brunna?", disse a aluna.

A universidade deverá pagar uma indenização de R$ 7 mil por danos morais à aluna. Brunna relata que ficou depressiva e sem vontade de sair de casa. A decisão foi expedida na última sexta-feira (19) e a instituição ainda pode recorrer.