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O legado de Santo Antônio

O ardor evangelizador de Santo Antônio era tão forte que, comovido quando soube dos jovens franciscanos assassinados em missão, decidiu correr o mesmo risco do martírio

Publicado em 13 de junho de 2024 às 05:00

Toda missão amorosa exige coragem, inclusive de ser perseguido ou incompreendido. Aprisionar os dons por conta de infundadas críticas não ocorre com quem segue Jesus. Os santos assim se tornaram porque entenderam isso. Todos os canonizados e demais que não o foram mas frutificaram no bem receberam pedradas e seguiram mais fortalecidos na fé.

Para Fernando se transformar no ungido frei franciscano Antônio e ser imortalizado como Santo Antônio de Lisboa e Pádua (porque nasceu em Portugal e se notabilizou na Itália), foi preciso acolher a intrepidez do Espírito Santo, anunciar Cristo e pregar o Evangelho que salva e liberta a toda criatura. Para a jovem baiana Maria Rita, devota de Santo Antônio, tornar-se Irmã Dulce e, depois, Santa Dulce, seu corpo franzino precisou ultrapassar ondas de incompreensão para fazer de um galinheiro local de amor que cura.

O ardor evangelizador de Santo Antônio era tão forte que, comovido quando soube dos jovens franciscanos assassinados em missão, decidiu correr o mesmo risco do martírio, viajou como missionário para pregar, foi poupado por Deus de tal morte, tornou-se extremamente conhecido por seus sermões cheios da unção divina e contribuiu para a conversão de incontáveis seres pelo ensino da Palavra de Deus. Foram tantos os relatos de milagres pela sua intercessão ou testemunho de amor que, em menos de um ano de seu falecimento, a Igreja o canonizou.

Se eu não acreditasse em milagres, jamais teria produzido canções de minha autoria e visto nascer, em seis meses, meu CD Inspirações e Louvores a Antônio (2004), projeto musical em homenagem a Santo Antônio, padroeiro de Retirolândia-BA, minha terra natal. Toda renda com a venda dos CDs foi doada à nossa Igreja Católica para ações em seu benefício. E assim foi feito na missa de abertura do nosso Trezenário há vinte anos. Na época, eu ainda nem trabalhava, mas não duvidei; por isso, o abençoado sonho se concretizou.

Por também jamais duvidar da Providência Divina, a coiteense D. Milu (Valdemira Madureira, esposa do sr. Antônio Militão) prosseguiu com sua devoção a Santo Antônio desde quando ainda residia com seu esposo na Fazenda Jibóia. Ela intensificou tanto este amor cristão devocional na década de 30 do século XX que, quando o casal vendeu a referida fazenda e mudou para a área da emblemática Cajazeira (hoje imediações do Abrigo Municipal de Retirolândia), sua fé insistente e corajosa fez com que mais pessoas se tornassem devotas do santo que se tornou o nosso padroeiro. Detalho mais sobre isso no meu livro Retirolândia: Memória e Vida (2007).

Quando Deus e Jesus abençoam um projeto ou propósito fundamentado no amor, as portas do céu e da terra se abrem para realizar o que é para a honra e a glória do Senhor. É por isso que minha fé cristã, assim como a da nossa comunidade retirolandense, segue firme e reluzente.

Enézio de Deus é escritor, compositor, advogado, mestre e doutor em Família pela UCSAL