HR-V 2026: Honda mais vendido do Brasil é atualizado; veja o que mudou

Há dez anos, o mercado brasileiro de SUVs compactos era protagonizado pelo Ford EcoSport e pelo Renault Duster. Foi quando outras marcas começaram na categoria, que representava apenas 5% das vendas, como a Peugeot com o 2008, a Jeep com o Renegade e a Honda com o HR-V.

Atualmente, esse tipo de veículo representa 24% das vendas e 25 modelos estão na disputa - e o produto da Honda continua forte. É o automóvel mais emplacado da marca japonesa no Brasil e fechou o primeiro semestre com 32.002 novas unidades licenciadas, o que garantiu a segunda posição no segmento, atrás do Volkswagen T-Cross (44.529) e na frente do Hyundai Creta (31.177).

Outro detalhe interessante: entre março e maio, foi o carro mais vendido do país no varejo - modalidade que computa quem compra carro com CPF. Ou seja, foi uma escolha do consumidor final, sem interferências de vendas para frotistas e locadoras.

Para manter o HR-V competitivo, a Honda promoveu atualizações na sua segunda geração no mercado brasileiro. A mecânica foi mantida, com nova calibração por conta de emissões, mas o fabricante promoveu ajustes na dianteira, redesenhou a central multimídia e aperfeiçoou os equipamentos de auxílio à condução.

Esses retoques são fundamentais para deixar o HR-V bem avaliado em relação à nova geração do Nissan Kicks, ao Chevrolet Tracker 2026 e ao futuro lançamento da Toyota, o Yaris Cross, por exemplo. Na dianteira, há uma nova grade com pintura em preto brilhante, que muda conforme a motorização. Nas versões aspiradas (EX e EXL) existem filetes horizontais e, nos modelos turbo (Advance e Touring), as aberturas são trapezoidais.

O para-choque dianteiro também mudou, os faróis continuam iguais, mas ganharam máscaras negras e setas de LEDs sequenciais na configuração Touring - o veículo das fotos. Na traseira, versões EX, EXL e Advance trazem as mesmas lanternas com lente fumê aplicadas na versão Touring do ano-modelo anterior, que continua à venda. Já na Touring houve um redesenho das lanternas, que ganham iluminação full LED.

Na cabine, destaque para o novo multimídia de 8 polegadas. A dimensão é a mesma, mas o design mudou. A central ganhou novo software e a tela segue o estilo flutuante. Outra novidade é que a câmera de ré apresenta imagem com melhor resolução.

RENDIMENTO E PREÇOS

O motor 1.5 litro aspirado (EX e EXL) entrega 126 cv a 6.200 rpm, tanto com etanol quanto com gasolina. O torque máximo é de 15,8 kgfm a 4.600 rpm (etanol) e 15,5 kgf.m a 4.600 rpm (gasolina). O 1.5 turbo (Advance e Touring) rende 177 cv a 6.000 rpm, tanto com etanol quanto com gasolina, e o torque máximo é de 24,5 kgfm de 1.700 a 4.500 rpm. Ambos são acopladas ao câmbio CVT com simulação de sete marchas e paddle shifts no volante.

Todas as versões ficaram mais caras, sendo que a EX foi a que mais subiu. A configuração de entrada aumentou R$ 7.100 e agora custa R$ 163.200. A EXL está tabelada em R$ 170.900 (+ 5 mil), a Advance em R$ 199.400 (+ R$ 6.700) e a Touring em R$ 209.900 (+ R$ 5.700).

O RETORNO DO WR-V

A Honda anunciou que contratou 350 novos funcionários nas unidades de Itirapina e Sumaré, no interior de São Paulo, para a produção de um novo modelo. Será a segunda geração do WR-V, SUV que será posicionado abaixo do HR-V, com lançamento previsto para novembro.

O novo veículo irá utilizar inicialmente o propulsor 1.5 litro aspirado que equipa o City e duas versões do HR-V. Futuramente, terá uma motorização híbrida flex.

A Honda aposta alto no novo SUV e irá aumentar sua rede de concessionárias. Inclusive, Salvador terá um novo representante da marca até o final do ano.

*O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA HONDA