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Tanto os “grupos pragmáticos” como os coletivos contribuem para o crescimento do pensamento criativo e a integração do humano

  • Foto do(a) author(a) Cesar Romero
  • Cesar Romero

Publicado em 15 de julho de 2024 às 05:00

Instalação do Projeto Matilha
Instalação do Projeto Matilha Crédito: divulgação

Com as profundas dificuldades que temos, no mercado de arte, espaços para expor alguns artistas, especialmente do eixo Rio – São Paulo, estão adotando uma nova forma de mostrar suas produções. Expõem em seu próprio atelier ou na sala principal de suas casas, quando retiram os móveis, e criam um ambiente mais adequado. Vale ressaltar que são exposições, pensadas, construídas ao longo de meses ou anos. Essas exposições têm planejamento, programa teórico, intenção, fazem parte do percurso do artista. Cria-se um folder simples, que trazem um texto crítico, trocado por uma peça do artista. Não existem patrocínios. Por vezes, não têm curadores e esse trabalho é feito com amigos artistas e o próprio expositor.

A divulgação se dá pelo Face, Whatsapp e o e-mail. O coquetel se transforma numa festa, cada amigo leva “um pratinho”, outros, bebidas. Assim, na simplicidade de meios, ocorre o vernissage. Com direito a vendas.

Alguns expõem por uma só noite, outros por um tempo maior. A manutenção das informações se dá por panfletos, e no livro de registro de presença sempre são pinçadas frases, opiniões que são transmitidas pela internet. Pede-se confirmar presença e os nomes são levados à portaria do prédio para segurança e em lugares como casas, ateliês abertos, um “militante” vigia. Informalmente, o expositor solicita aos presentes na abertura da expo, divulgação do evento. Uma fórmula “caseira” e criativa para mostrar as produções e ter possibilidades de vendas. A cooperação é feliz.

Surgiram também grupos que se reúnem para juntos enfrentarem a crise. Se autodenominam “grupos pragmáticos”. Geralmente, são de três a sete pessoas, sempre número ímpar para o desempate em caso de ideias divergentes. Assim unidos, discutem propostas de trabalho, lugares onde pretendem expor, individualidades, junção dos trabalhos de alguns ou não, e dividem tarefas que não cedem à paralisia reinante no cenário atual. Juntos se estimulam e inevitavelmente conseguem cumprir suas metas.

É diferente dos coletivos de artistas que começaram a vingar nos anos 90 como o Bijari, C.O.B.A.I.A e Projeto Matilha, em São Paulo, tendo grande destaque, especialmente o Projeto Matilha. Os coletivos não são movidos por uma raiz única de pensamentos, não se limita o número de participantes, sempre quem chega é bem-vindo. Não são movimentos artísticos na essência, há uma profunda independência em sua gestão. Os coletivos estimulam mais o aparelho psíquico que o isolamento do artista no silêncio do seu atelier.

Tanto os “grupos pragmáticos” como os coletivos contribuem para o crescimento do pensamento criativo e a integração do humano.