Telma Alvarenga: Nelson Motta fala de musical sobre Simonal, que chega a Salvador em outubro

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  • Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2015 às 08:20

- Atualizado há um ano

Autor de três musicais biográficos - sobre Tim Maia, Elis Regina e Wilson Simonal (os dois últimos em parceria com Patrícia Andrade) -, Nelson Motta considera o terceiro, S’imbora, o melhor deles. “A história é mais surpreendente, mais dramática. É um personagem trágico, que ficou dois anos preso (condenado por pedir a amigos do Dops - Departamento de Ordem Política e Social - para torturar seu contador), saiu em condicional e se fodeu completamente”, diz o jornalista, escritor, letrista e produtor musical. “Além disso, eu e Patrícia já estávamos dominando mais a linguagem, ficou muito bonito”. Considerado o primeiro popstar negro do país, nos anos 60, autor de hits como Sá Marina e Meu Limão, Meu Limoeiro, Simonal morreu em 2000, praticamente esquecido, amargurado. Sucesso no Rio e em São Paulo, o espetáculo fica de  31 de outubro a 1º de novembro, no Teatro Castro Alves, com produção local da Palco Produções. Nelsinho, que mora em terras cariocas, planeja vir para a estreia na cidade. E bateu um papo com a coluna, por telefone.Nelson Motta (Foto: Andrea Farias/Arquivo CORREIO)Você chegou a produzir um disco de Simonal... Sim. Ele já estava ladeira abaixo. Eu era produtor e tinha contrato com a Phillips. Quando André Midani (então presidente da gravadora) sugeriu o nome dele, achei que era um desafio. Sempre considerei Simonal um cantor fabuloso, um dos maiores da música brasileira, mas com muitos vícios. Tinha muita firula, um jeito levemente cafajeste, exagerado. Isso me incomodava. Achei que era a chance dele, de fazer um grande disco, mesmo que fosse um fracasso comercial. Poderia ser o início de uma redenção artística. Mas não. Ficou mais ou menos, ele continuou apegado ao estilo dele...

Por sua proximidade com policiais do Dops, ele foi acusado de colaborar com a ditadura. Você já disse que não acredita nisso e acha que ele foi vítima de racismo. Por quê?Acho que ele não tinha condições técnicas para ser informante de porra nenhuma. Ele não sabia de nada, era um bobalhão. Só queria saber das louras, dos carrões. Foi o primeiro popstar negro do país, o precursor da ostentação. E sempre achei que a história dele teve componentes de racismo e inveja. A queda do Simonal foi saboreada por cantores que não tinham o mesmo sucesso e o talento dele. Ele foi completamente esquecido. Nos últimos anos, viveu como um exilado em seu próprio país.

Você e Patrícia Andrade já estão trabalhando em um novo musical, sobre a boate Dancing Days...Abri essa boate no Rio, em 1976. Ela só durou quatro meses, terminou no auge e virou uma lenda. Era o início da abertura. Ninguém aguentava mais ditadura, morte, tortura... Foi uma libertação, todo mundo caindo na dança, muita droga... Foi lá que surgiram as Frenéticas. Já escolhemos o repertório, com hits da era disco, nacionais e internacionais. Vai ter Rita Lee, Donna Summer, Earth, Wind & Fire...

Como é sua relação com Salvador?É meu segundo lar. Das últimas vezes em que estive aí foi correndo, muito ocupado. Quero ir com mais calma. Gosto de escrever aí, fico inspirado. O tempo baiano, a lentidão, para mim é ótimo, produzo superbem. Fico sempre no Pestana, no Rio Vermelho, e caminho todos os dias de manhã, vou até Ondina, às vezes ao Porto da Barra. Vou vendo as praias, ouvindo o som local, sentindo os cheiros... Adoro isso tudo.Érico e Bethânia: na Mangueira(Foto: Reprodução/Instagram)Estreia na SapucaíÉrico Brás está todo-todo. Mangueirense roxo, o ator desfilará, pela primeira vez, no Carnaval do Rio. E na sua escola do coração. “Desde criança tenho essa vontade. Vai ser uma emoção única”, diz. A mulher, Kenia Maria, e os filhos também participarão da festa verde-e-rosa na Sapucaí, que, este ano, será em homenagem a Maria Bethânia, com o tema A Menina dos Olhos de Oyá. “Vai ser um ano especial. Gosto muito de Bethânia. É uma honra poder estar nessa celebração à vida dela”.

Aliás...Hoje à noite, Maria Bethânia estará na quadra da Mangueira, como convidada especial, para conferir a final da escolha do samba para o Carnaval de 2016. Érico também vai participar do agito, onde serão apresentadas as três composições finalistas.

Encontro de ferasO premiado ator João Miguel será o mestre de cerimônias da Virada Publicitária Bahia Recall. O encontro, promovido pela Rede Bahia, reunirá grandes nomes da propaganda, no Sheraton da Bahia Hotel. Entre eles, Hugo Rodrigues, CEO da Publicis, que dará palestra na segunda-feira, e Antonio Tabet, sócio-fundador, roteirista e ator da Porta dos Fundos, que estará entre os palestrantes de terça, dia 6.João Miguel: mestre de cerimônias(Foto: Monica Imbuzeiro/Ag. O Globo)Goethe no palcoCiro Sales, Luisa Proserpio e Will Brandão se preparam para subir ao palco do Teatro Gregório de Mattos. Integrantes do grupo Supernova Teatro, eles apresentarão uma adaptação de Os Sofrimentos do Jovem Werther, clássico do alemão Goethe (1749-1832). A peça, Efeito Werther, estreia dia 5 de novembro.Luisa, Ciro e Will: peça inspirada em clássico da literatura alemã(Foto: Divulgação)Quem vemChico Diaz aporta em Salvador, mês que vem, para a exibição do filme Travessia, no Panorama Internacional Coisa de Cinema. No longa, dirigido pelo baiano João Gabriel, o ator faz Roberto, que tem uma relação difícil com o filho, Júlio (Caio Castro). A sessão será dia 4 de novembro, no Cine Glauber Rocha.

Pequenos chefsA próxima edição do Food Park Salvador, entre os dias 10 e 12, vai contar com uma programação especial, em homenagem ao Dia das Crianças. Os pequenos poderão participar de oficinas de gastronomia, para aprender a fazer docinhos, bolos e cupcakes. A festa ao ar livre, em Ondina, vai das 11h às 20h.

Em Praia do Forte  Timbalada, Lucas e Orelha e Harmonia do Samba são as atrações do Praia do Forte Guetho Square. O agito será no dia 11.Ferveção A festa Carpe Diem vai rolar, hoje, no Hotel Catussaba, em Itapuã, dentro do Café Del Mar Weekend.