Avanços tecnológicos, incentivos e conscientização alimentam expectativas de investimentos em energia solar

Capacidade instalada deve aumentar em 26% este ano

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 22 de fevereiro de 2024 às 05:00

Energia solar representa 16,8% da matriz elétrica nacional Crédito: Divulgação

Aposta quente

Avanços tecnológicos, políticas de incentivos governamentais e uma crescente conscientização ambiental formam a equação que Lucas Macedo, CEO da SDB Energia Solar, usa para apostar em um ano quente, com perdão do trocadilho, para quem trabalha com energia solar. “A continuidade ou implementação de políticas de incentivo, subsídios e regulamentações favoráveis à energia solar por parte dos governos ou empresas pode desempenhar um papel fundamental no crescimento do setor”, avalia Macedo. As projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) indicam que a capacidade de produção de energia solar no Brasil deverá aumentar em 9,3 gigawatts (GW) até 2024.

Projeções

Esse acréscimo representa um incremento de 26% à capacidade instalada atual. De acordo com a análise da entidade, os investimentos adicionais gerados pelo setor fotovoltaico têm o potencial de ultrapassar a marca de R$ 38,9 bilhões até 2024, resultando em mais de 281,6 mil novos empregos e uma arrecadação adicional de mais de R$ 11,7 bilhões para os cofres públicos. A Absolar também destaca que o Brasil alcançou a marca de 38 gigawatts (GW) de potência instalada proveniente da energia solar fotovoltaica, representando 16,8% da composição da matriz elétrica nacional.

Energia temporária

A Tecnogera registrou um crescimento de 83% em suas receitas na Bahia. Recentemente, a empresa, responsável por 150 empregos diretos e indiretos, investiu R$ 50 milhões na expansão de suas filiais no estado. A empresa – especializada no fornecimento de soluções de energia temporária e inovação na segurança no trabalho em altura – atingiu uma receita de R$ 320 milhões no ano passado, sendo as operações baianas responsáveis por 12% do total. Além dos 150 empregos diretos e indiretos mantidos por ela, a empresa trouxe para o estado um modelo de atuação que ajuda a desenvolver Pequenas e Médias Empresas (PMEs) locais que já atuam no setor de energia temporária. A Universidade Tecnogera, centro de capacitação gerido pela empresa, apoia o processo de capacitação e homologação técnica para que parceiros possam integrar a rede de atendimento nacional e ter acesso a novos negócios como parceiros locais credenciados da Tecnogera. Na Bahia já são 18 empresas homologadas, que além de ganharam novos negócios desenvolvem papel crucial em atendimentos de demandas emergenciais por energia temporária. “A Bahia é um estado onde investimos e trouxemos muita inovação e tecnologia em segurança no trabalho em altura além das tradicionais soluções que fizeram a Tecnogera se tornar empresa líder no setor de energia temporária no país” diz Rebekah Curi, gerente executiva da Tecnogera.

Acordo de recuperação

A Unigel anunciou ontem que chegou a um acordo com parte dos seus credores para a homologação do seu plano de recuperação extrajudicial. O instrumento confere mais 90 dias de proteção para a empresa detalhar os pontos negociais com credores e elaborar os documentos finais do acordo. O plano de recuperação prevê a reestruturação de R$3,9 bilhões, com a emissão de novos títulos de dívida e títulos participativos, em troca do cancelamento das dívidas atuais. Além disso, haverá captação de nova linha de crédito, de aproximadamente, US$ 100 milhões com vencimento em 2027, através da qual os participantes terão direito também a benefícios econômicos referentes a 50% da companhia e está previsto, ainda, o aperfeiçoamento da estrutura de governança a ser definido no decorrer das próximas semanas. A recuperação foi aprovado pelos credores que representam mais de 1/3 do total da dívida a ser reestruturada, os quais terão – juntamente com o Grupo Unigel - 90 dias para buscar a aprovação pela maioria proporcional do total do crédito a ser reestruturado, conforme exigido pela Lei de Falências Brasileira.

Rescaldo da folia

O grupo Quero Abadá, um dos maiores canais de vendas dos principais blocos e camarotes da capital baiana, encerrou o período com crescimento de 20% nas vendas em relação ao ano passado e um fluxo de mais de 80 mil pessoas – sendo 72% turistas e 28% foliões soteropolitanos. Entre os visitantes, a maioria veio de São Paulo (15%), Rio de Janeiro (8%), Minas Gerais (5%), Sergipe (5%) e Distrito Federal (5%), além de pessoas vindas de outros países (5%). "Para atender ao grande público, contratamos 220 funcionários durante o período carnavalesco de 2024", conta o diretor da Quero Abadá, Vitor Villas Bôas.

Melhores empresas

A Great Place To Work está com inscrições abertas para a 11ª edição do Ranking GPTW, que vai apresentar a lista das melhores empresas para trabalhar da Bahia. Para participar é necessário ter 30 ou mais funcionários no estado; estar sediada na Bahia (CNPJ da inscrição deve ser registrado na Região/Estado); e ser uma empresa certificada GPTW. Antes de realizar a inscrição, as empresas devem conquistar a certificação até 30 de março. Vale destacar que ser ranqueada é um diferencial competitivo, pois se trata de uma validação de que seu ambiente corporativo é saudável e, além disso, um dos melhores de todo o estado. As inscrições devem ser feitas através do link conteudo.gptw.com.br/jornada.

Pix em alta

Levantamento da TIM mostra que entre 2022 e 2023 houve um aumento anual de 110% no uso do Pix para pagar as contas entre os clientes pré-pagos. Nos planos pós-pagos, o crescimento foi de 70%. Em relação ao total da base de usuários, 44% optam pelo sistema de pagamento instantâneo do Banco Central.