Entenda os cuidados ao migrar empresa para mercado livre de energia

Empresas com contas de energia acima dos R$ 5 mil já podem deixar de ser atendidas por distribuidoras

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  • Donaldson Gomes

Publicado em 28 de março de 2024 às 05:00

Empresas oferecem a clientes possibilidade de receber energia de fontes limpas e renováveis Crédito: Divulgação

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O processo de abertura do mercado livre de energia para consumidores pessoa jurídica com contas acima dos R$ 5 mil por mês representa uma grande oportunidade de economia para pequenos comércios e indústrias, porém traz consigo um desafio a ser considerado: o de escolher a comercializadora certa para a migração. Desde janeiro, mais de 1,8 mil empresas baianas já poderiam ter deixado o mercado cativo para ser atendidas no mercado livre, onde há atrativos como reduções de até 35% nas contas e mais previsibilidade em relação aos custos com eletricidade, por exemplo. O problema é que sair do mercado cativo, onde o cliente é atendido pela sua distribuidora é fácil, mas retornar é mais complicado, explica Rita Knop, diretora comercial na Neoenergia Comercialização, que promete chegar muito forte para ganhar espaço entre os novos entrantes no mercado. “Antes, apenas grandes indústrias tinham a possibilidade de usufruir dos benefícios da migração, agora até mesmo hospitais, padarias ou restaurantes podem ser elegíveis”, explica.

Oscilação

Segundo Rita, a Neoenergia se estruturou para oferecer a migração para o mercado livre como uma solução efetiva para os clientes, tendo como lastro um histórico de investimentos em inovação, além de um portfólio completo muito completo. “Uma grande preocupação da Neoenergia neste processo é que houve uma avalanche de pequenas comercializadoras entrando no mercado, nem sempre com estrutura para assimilar essas variações”, destaca. “Quem só faz vender pode ter dificuldades para honrar esses contratos”, avisa.

Assessoria

José Carlos de Souza Reis, diretor da AES Brasil, uma das três maiores comercializadoras de energia do país, destaca a importância do processo de abertura do mercado de energia. “Há três anos este assunto é alvo de discussão, inclusive em relação ao próximo passo, que será a abertura para a baixa tensão, quando eu e você, clientes residenciais, poderemos escolher de quem comprar energia”, ressalta. Segundo ele, é muito importante que as empresas interessadas em fazer a migração busquem boas assessorias para o processo de mudança. “Quando o consumidor procura uma empresa como a nossa, estará contando com uma assessoria nos mínimos detalhes”, explica. Para Reis, a falta de informação é a principal barreira para o desenvolvimento do mercado. “Um cliente perguntou se o processo era lícito. Quando se fala em 30% de economia, a gente já levanta as orelhas e se pergunta se aquilo é correto. Mas não é milagre”, garante.

Plano de investimentos

A Coelba apresentou aos produtores rurais do Oeste da Bahia um plano de investimentos que prevê a construção de 10 subestações na região dentro de quatro anos. O anúncio foi feito durante uma reunião entre representantes da distribuidora de energia e produtores rurais da região, na última terça-feira. “Nos propomos a realizar esse trabalho junto com as associações, ouvir a necessidade do cliente, fazer nosso esforço interno de investimento e trabalhar juntos para resolver os problemas com transparência", afirmou o presidente da Coelba, Thiago Freire Guth. Além das novas subestações, estão previstas ampliações de 16 estruturas existentes, a implantação de 635 quilômetros de linhas de alta tensão e a ampliação de 70% da potência elétrica. Para Luiz Carlos Bergamaschi, presidente da Abapa, que representa os produtores de algodão, a presença da presidência da Coelba demonstra a atenção ao setor. “A energia tem travado o desenvolvimento da região e muitos investimentos que estão reprimidos, mas este primeiro passo, com base em uma relação de confiança, traz a esperança da continuidade e de sanar outras demandas que são importantes para o nosso setor", disse. Moisés Schmidt, vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), considerou o momento como positivo para o agronegócio local. “Daqui pra frente com transparência e participação da Coelba com o setor produtivo, teremos o atendimento das demandas do agronegócio do Oeste na Bahia”, destacou.

Novos hábitos

No ano em que completará 10 anos de operação, o metrô alcança a marca de 400 mil usuários do sistema por dia, segundo dados da CCR Metrô Bahia. O diretor da unidade negócio, Julio Freitas, acredita que os números devem ser comemorados, apesar de estarem abaixo dos 600 mil previstos, principalmente por conta da pandemia e do processo de reestruturação de linhas do transporte urbano. Mesmo com a passagem da pandemia, novos hábitos, como o ensino à distância e o trabalho remoto ou híbrido, chegaram para ficar, diz. Cerca de 20 mil estudantes que usavam o sistema antes da pandemia não voltaram mais. Por outro lado, 10% dos novos passageiros trocaram os carros pelo metrô. “Muita gente conhece o metrô quando vai assistir a um jogo na Fonte Nova e percebe que se trata de uma boa alternativa de transporte”, explica Freitas. No último BAVI, por exemplo, 15 mil dos 55 mil presentes no estádio chegaram lá pelo metro, diz.

Mais integração

Para Julio Freitas, o futuro do sistema de metrô passa por cada vez mais integração, seja com os sistemas de transportes públicos, ou com aplicativos ou táxis. Ele conta que a CCR e a 99 estão testando uma parceria no Imbuí, que em breve deve ser expandida para toda a cidade. “Vamos investir em cada vez mais iniciativas de integração”, avisa.

Centros comerciais

Outra novidade prevista para este ano é a inauguração de três malls (centros comerciais) dentro das estações do metrô em Mussurunga e Acesso Norte. Segundo Julio Freitas, os espaços já estão prontos e 70% comercializados. Falta agora os lojistas se instalarem para trazer mais comodidade para quem utiliza o sistema de transportes.

Nos holofotes

Com o anúncio da chegada da Exposibram a Salvador, pela primeira vez desde 1998 (???), os representantes da atividade mineral baiana estão em festa. Já tem até apostas de que o evento será maior que o realizado no Pará, que tradicionalmente se reveza com Minas Gerais na organização da gigantesca feira. No anúncio do retorno ao estado, o Ibram, instituto que representa a mineração brasileira e responsável pela feira, destacou a relevância da mineração na Bahia: por aqui são mais de 200 municípios mineradores e um faturamento anual de R$ 9,7 bilhões.

Potencial empreendedor

O Vale do São Francisco, conhecido por sua exuberância natural e diversidade cultural, está se destacando cada vez mais no cenário empreendedor. Histórias inspiradoras de sucesso e forte impacto na economia local serão destaque no Vale Summit 2024, nos dias 16 e 17 de maio, na Univasf, em Juazeiro. Mais informações em valesummitbr.com.br/.