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De junho a outubro deste ano já foram embarcados 1590 contêineres do produto
Donaldson Gomes
Publicado em 16 de novembro de 2023 às 05:00
Oportunidade
Existe uma enorme janela de oportunidades para um aumento significativo na movimentação de algodão pelo Porto de Salvador, acredita Grégoire Nègre, cotton trader do ECOM Agroindustrial Corp. Ltd. Ele falou sobre a experiência da empresa no uso do terminal portuário durante o X Seminário de Logística, que teve como mediador o editor desta coluna. A empresa é uma das cinco líderes mundiais no mercado de algodão e líder global na movimentação de cacau e café. O executivo diz que o Porto de Santos sempre será um importante canal de saída para a commoditie agrícola, mas ressalta que por lá já se opera muito perto da capacidade máxima – ao contrário do que se vê por aqui. "Não temos uma outra opção tão boa quanto Salvador para dar conta disso", acredita. Segundo ele, em 2021, a empresa movimentou, entre os meses de junho e outubro, por Salvador 158 contêineres, chegando a 774 em 2022 e agora, em 2023, já registrou 1590. Ele destaca o aumento na capacidade de preparação do algodão para a exportação, através de um processo chamado de estufagem. O grupo Wilson Sons deve passar dos atuais 17 contêineres por dia para 35. Ele destaca projeções do setor de que o país, atual segundo maior exportador mundial, deve tomar o primeiro lugar dos Estados Unidos em, no máximo, cinco anos.
Aposta na Bahia
A empresa instalou em Luís Eduardo Magalhães, no Oeste da Bahia, uma área com capacidade para a armazenagem de mais de 300 mil fardos de algodão. No período de safra, são movimentados cerca de 100 mil fardos, diz. "O problema é que até recentemente quase nada era exportado aqui pelo Porto de Salvador", comenta. Grégoire Nègre destacou a sofisticação do produtor rural brasileiro. "Em todo o mundo, nós oferecemos os serviços de nossos agrônomos aos produtores, mas aqui os produtores já possuem um nível técnico tão elevado, que mudamos o nosso modo de atuação e passamos a focar em serviços financeiros", explica. "Nós já negociamos com os produtores brasileiros os preços da safra de 2025, posso garantir que é o único mercado do mundo em que você verá isso", diz.
Competitividade
As micro e pequenas indústrias baianas, com faturamento de até R$ 4,8 milhões, podem participar de sete projetos que têm foco no aumento da competitividade, através do Procompi. Em todo o país, serão 98 projetos, nos quais a CNI vai injetar cerca de R$ 24 milhões até 2026, junto com o Sebrae. Os projetos baianos abordam a modernização no sistema de fabricação de bolsas e acessórios de couro, comércio exterior, capacitação da cadeia de fornecedores de mineração para adoção de critérios ESG, fortalecimentos de lideranças nas indústrias baianas, entre outros assuntos.
Patrulha Mecanizada
A Abapa está intensificando as ações da sua Patrulha Mecanizada, para concluir a pavimentação da Estrada do Café, no Oeste da Bahia, antes da chegada das chuvas previstas agora para novembro na região. As máquinas estão trabalhando em três pontos no trecho de 57,2 Km. A obra, iniciada no mês de julho, pretende solucionar de forma definitiva uma demanda histórica de melhoria da estrada vicinal para facilitar o escoamento da safra e a trafegabilidade de quem precisa passar pelo trecho, principalmente no período chuvoso. Desde 2017, o serviço já pavimentou 265 quilômetros de vias.
e-Agro
Maior feira de inovação, tecnologia agropecuária e geração de negócios da Bahia, o e-Agro começa amanhã, no Centro de Convenções de Salvador. O evento abre as portas ao público, às 13h, e a solenidade oficial de abertura ocorre às 18h30. A expectativa é de que mais de 10 mil pessoas visitem o local nos três dias de evento e que cerca de 2,5 mil pessoas sejam capacitadas por dia. Estima-se, ainda, que a geração de negócios ultrapasse a marca dos R$ 15 milhões, com as rodadas e por meio do leilão virtual e da comercialização dos expositores. Nas quatro edições passadas, o evento reuniu 200 expositores e contabilizou mais de 40 mil visitantes e mais de R$ 100 milhões em negócios gerados.