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Donaldson Gomes
Publicado em 12 de maio de 2023 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Prima segue com tudo Com R$ 1,2 bilhão de investimentos em andamento em Salvador e outros R$ 3,2 bilhões em Baixio, no Litoral Norte, a Prima Empreendimentos indica que vai adensar os seus negócios na Bahia nos próximos anos. Durante a apresentação de sua nova sede, no Horto Florestal, os executivos da empresa detalharam alguns planos para os próximos anos. “Não somos uma empresa de capital aberto, não precisamos abrir estes números, mas gostamos de demonstrar nosso compromisso com Salvador”, destacou o presidente da Prima, Rubén Escartín. Segundo ele, a empresa deve anunciar novos investimentos na capital no decorrer deste ano e do próximo, chegando a 2024 com um volume acima dos R$ 2,5 bilhões. “A nossa aposta aqui na cidade é muito séria”, garante. >
Plano de voo A direção da Prima também apresentou novidades para Baixio, destino que a empresa vem construindo com bastante carinho há alguns anos. Um dos destaques é um aeroporto, que será implantado no Conde. Inicialmente, a empresa vai construir um aeródromo, com um investimento de R$ 15 milhões, mas como frisou Antônio Barretto Junior, diretor do Destino Baixio, 1,8 mil metros de pista é suficiente para operações com aeronaves de grande porte. A ideia da Prima é continuar trabalhando Baixio de maneira faseada. “Vamos viabilizar o destino, depois internacionalizar. Primeiro queremos que Baixio seja mais um atrativo, depois um destino independente, como é Punta Cana, por exemplo”, destacou Ruben Escartín. >
Retomada séria As apostas da Prima na Bahia são todas de longo prazo, mas as perspectivas recentes do turismo já são animadoras, aponta Luciano Lopes, diretor executivo da empresa e presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis na Bahia (ABIH-BA). Segundo ele, o número de visitantes no estado já está se aproximando das médias anteriores à pandemia de covid. Ele destaca que o mercado turístico doméstico representa de 90% a 95% do total de visitantes no Brasil, sendo estimadas 190 milhões de viagens nesse segmento ao ano. Na Bahia, 50% dos visitantes são oriundos do próprio estado, seguido de 25% da Região Sudeste vindos de São Paulo (12%), Minas Gerais (7,2%) e Rio de Janeiro (5,8%). Já os turistas internacionais contabilizam 6,6 milhões ao ano (nível pré-pandemia). >
Cadê a infra? Entre 2020 e 2022, o Brasil investiu o equivalente a 1% do seu Produto Interno Bruto (PIB) em infraestrutura. Pode parecer muito, mas é pouco. No setor, estima-se a necessidade de um investimento anual equivalente a 2% do PIB para manter as condições atuais e de mais 2 pontos percentuais para dar suporte ao crescimento populacional. “Precisaríamos de 4% do PIB para continuar a ter as condições atuais, o que já não é bom”, pondera Mauricio Cruz Lopes, presidente da OEC, empresa de construção pesada da Novonor, antiga Odebrecht. Lopes lembra ainda que é a infra quem traz competitividade para as outras atividades econômicas, como a indústria de transformação e o agro, que vem “carregando o país nas costas”. Um retrato de como o Brasil regrediu na sua indústria da construção pesada é que atualmente, pela primeira vez na história, a construção civil superou a atividade em participação no PIB. >
No centro Apesar das incertezas no mercado de infraestrutura, a Novonor colocou a OEC no centro de sua estratégia, apostando numa retomada do setor de construção pesada. No ano passado, a OEC voltou a crescer, registrando um faturamento de R$ 4,68 bilhões, volume 68% superior ao período anterior. Em 2022, a Companhia novos contratos, como a Ponte de Guaratuba, Fábrica de Eteno Verde, Trecho 5 do Canal do Sertão, BRT Transoeste, Duplicação do Novo Trecho da Rodovia dos Minérios e a Acelen Refinaria de Mataripe. Internacionalmente, tem obras novas em Angola, Peru, Panamá e EUA. Atualmente 50% da carteira em território nacional é de clientes privados. >
Mais perto A Shopee anunciou dois novos centros de distribuição, nas regiões metropolitanas de Recife e de Salvador, o que deve aumentar a capilaridade da empresa em mais de 40% no número de cidades atendidas. Os espaços de 10 mil metros quadrados (m²) e 6 mil m2 funcionam como cross-docking, quando as mercadorias coletadas via parceiros logísticos são reorganizadas e direcionadas aos hubs de última milha para serem entregues ao consumidor final. Ao todo, são 8 unidades desse tipo que juntas possuem a capacidade para atender mais de 1,5 milhão de pacotes diariamente. As outras operações estão em diferentes estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Paraná. >
Aceleradas A Ambev se uniu ao Sebrae em Salvador para oferecer o Aprimore: programa de aceleração para cervejarias artesanais. A iniciativa faz parte do Bora, programa de inclusão produtiva da Ambev que prevê impactar 5 milhões de pessoas nos próximos dez anos. Focado nos principais desafios gerenciais enfrentados pelos negócios cervejeiros, uma jornada de aprendizagem foi preparada e disponibilizada na plataforma da Academia da Cerveja. Foram selecionadas 5 microcervejarias do estado: MinduBier, Artmalte, Dragornia, Proa e Panka.>