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Da Redação
Publicado em 29 de outubro de 2019 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
A primeira constatação foi feita com base na análise do banco de dados do IPA Effectiveness Awards, pela dupla Les Binet e Peter Field, que revelou os poderosos efeitos que podem ser alcançados pela TV, o BVOD (broadcast video on demand) e o vídeo online trabalhando juntos: a eficácia de uma campanha pode aumentar até 54%, contra os 25% de efetividade do digital puro e os 32% da combinação de TV com BVOD (dados dos premiados entre 2014 e 2016).>
Importante observar que não são dados de pesquisa, mas sim de mensuração da realidade com base em casos inscritos na tradicional premiação da IPA, a entidade das agências britânicas, que inclui cerca de 20% de casos de fora do Reino Unido.>
No mesmo estudo se constatou que essa eficiência da TV com o digital vem crescendo ao longo do tempo, pois essa sinergia positiva foi demonstrada pela constatação que a eficácia das campanhas online + TV mais que dobrou desde 2006.>
O resultado do ESOV (extra share of voice, ou seja, o investimento em publicidade feito acima da participação de mercado das marcas) foi de 1,2 vezes ao ano no caso da dobradinha TV + digital; sendo que a base regular é de 0,6 vezes no caso da TV com outros canais de ativação.>
Da mesma forma, enquanto que no período de 1998 a 2004 essa combinação TV + digital resultou nesse patamar de 0,6 vezes o ESOV, nos anos de 2006 a 2010 esse fator cresceu para mais 1,4 acima do ESOV.>
Um estudo do GroupM e da Thinkbox sobre os efeitos da TV ao longo da cadeia de comunicação indica, como o título sugere - Resposta da TV: Novas Regras, Novos Papéis -, que ela tem efeitos de longo alcance, mas geralmente ocultos, no sistema de comunicação comercial.>
Alguns dos efeitos da TV são diretos. Por exemplo, para cada 100 pessoas que visitam uma loja para fazer uma compra, 29 delas o fizeram devido a alguma forma de publicidade de curto a médio prazo; 13 delas chegaram lá devido à exibição de um comercial na TV; 9 deles estão lá devido a um anúncio offline; 7 delas devido a um anúncio online.>
As 71 pessoas restantes formam a "base", que são as pessoas que entraram na loja devido ao valor da marca subjacente (ou seja, experiência anterior da marca ou ao efeito a longo prazo da publicidade de dois ou mais anos atrás) ou devido à localização da loja, preços, promoções e assim por diante.>
No entanto, muitos dos efeitos da TV são indiretos - os comerciais de TV estão levando as pessoas a responderem por canais online, ocultando a contribuição total da resposta da TV e dificultando a atribuição à venda final.>
Um bom exemplo disso é o efeito da TV na pesquisa: para cada 100 pessoas cujo último clique antes da compra é de um anúncio pago de busca (search), 17 delas clicaram nesse anúncio de busca devido à exibição de um filme na TV, 7 estão clicando devido a um anúncio offline e 28 pessoas devido a outra forma de publicidade digital.>
O GroupM descobriu também que a TV gerou uma resposta indireta por meio de canais online, gerando 33% das vendas direcionadas à mídia via busca digital paga; 26% das vendas direcionadas à mídia via display online; e 20% das vendas direcionadas à mídia via cupons de desconto digitais.>
Por outro lado, o efeito do BVOD sobre a programação linear é muito bom, pois comerciais na TV "ao vivo" geram 27% de resposta, contra 36% daqueles que são veiculados na TV tradicional + o BVOD - isso porque ao contrário do que se imagina, as pessoas não eliminam os comerciais dos programas que assistem em tempo diferenciado, uma vez que a publicidade está tão intimamente relacionada aos programas de TV que acabam fazendo parte intrínseca deles.>