Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Publicado em 23 de julho de 2025 às 05:00
O mundo atual é veloz e exige transformações constantes. E a educação precisa acompanhar essas mudanças. Um exemplo prático é o novo marco regulatório para a Educação a Distância (EAD), implementado pelo Ministério da Educação (MEC), que propõe um reposicionamento estratégico e de compromisso com a formação cidadã e profissional. >
O novo regramento mostra que o futuro da educação superior está na integração entre ciência da aprendizagem, tecnologia e inovação. Os antigos conceitos de disciplinas precisam ser repensados para um mercado que busca por habilidades técnicas, assim como pensamento crítico, comunicação com empatia, agir com propósito e adaptação ao novo. As novas normas regulatórias redesenham o mapa da oferta educacional brasileira, estabelecendo três formatos de cursos – presencial, semipresencial e a distância - com exigências mínimas de presencialidade, fim da figura do tutor tradicional e ênfase em competências e qualidades. >
Para além de um debate sobre presencialidade, falamos de uma ampliação para uma nova arquitetura pedagógica, orientada por competências. Um exemplo prático é o curso de Direito da Universidade Salvador (Unifacs). A realização de atendimentos jurídicos no Núcleo de Prática Jurídica permite ao estudante aliar experiência profissional com o contato com a comunidade. O mesmo acontece com o curso de Medicina Veterinária, cujos alunos atuam no atendimento de pequenos e grandes animais. >
Precisamos compreender o ambiente profissional como concepção de aprendizagem imersiva, necessitando de metodologias específicas. Em algumas instituições de ensino, essa visão já vem sendo implementada, com a chamada Metodologia Dual, que integra teoria e prática em ambientes profissionais reais. Na Unifacs, por exemplo, são mais de 50 parcerias empresariais firmadas, através das chamadas Unidades Curriculares Duais, que oferecem uma formação compartilhada entre professores e profissionais da empresa parceira, competências socioemocionais mais robustas e maior taxa de empregabilidade. >
Dentro do ambiente universitário, o novo marco regulatório também exige adaptações na infraestrutura. É preciso criar ecossistemas de aprendizagem onde o físico e o digital se integram de forma fluida, com a combinação de laboratórios físicos com tecnologias de realidade aumentada e virtual, permitindo experiências imersivas que ampliam o potencial pedagógico. >
As novas regras são uma oportunidade para que os docentes desempenhem papel ativo, com formação qualificada e responsabilidade direta na jornada de aprendizagem. É a partir da união entre o tradicionalismo e a inovação, que a educação superior vai caminhando para uma nova etapa, mais adequada ao mundo globalizado em que vivemos.>
Bruno Soares é diretor da Unifacs >