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Paulo Leandro
Publicado em 30 de junho de 2021 às 05:01
- Atualizado há um ano
O Campeão da Técnica e da Disciplina visita hoje o Glorioso, no melhor jogão da noitada, considerando Acesso e ‘Cérei A’, tendo a Rede Bahia a felicidade de presentear à torcida este Vitória x Botafogo, depois de Império, um brinde ao mercado consumidor do fútil-bol.
Querem os dois quadros conquistar a reabilitação, uma vez terem sido alvejados: o Vitória, sofrendo virada do Londrina, 2x1 em Salvador; o Botafogo, caindo diante do Sampaio por 2x0.
Rumam ambos ao Pé do Caboclo, ícone da baianitude, reverenciada nesta sexta, Dois de Julho: choram rios porque o segundo gol do Londrina teria sido de banheira e não vira o juizão a bola entrar meio metro na casinha do Sampaio, assim tendo sido garfado o Bota.
Ao Vitória, vale comprar caderno de espiral no armarinho, para fazer a escrita, dada a quantidade de coirmãos socorridos por dulceana generosidade. O Nego acode os necessitados, Londrina não tinha vencido uma e iluminava trilha do descenso, na vice-lanterna.
Tem se servido o Botafogo de diálogos entre Rafael Navarro, preciso em bolas rasteiras, e Pedro Castro, calibrando a mira de longe, embora o time todo venha humanamente oscilando, ao decolar firme e perder altura, vindo de duas cacetadas, Náutico e Sampaio.
Esta oscilação, digamos, estruturante da campanha, reflete e é refletida pelo desempenho em campo, defesa nem sempre atenta, o beque adversário quando vem para o abafa chega sozinho porque ninguém lá da frente volta para fazer o vigia, fica a dica quem tiver pulmão.
Estudando lances de jogos do Fogo, o “Pós-perda” (MENEZES, Ramon), quando o time fica sem a bola, gera deus nos acuda na retaguarda, dando trabalhão a Douglas Borges, aparecendo bem o “quíper” em bolas no chão, como no pênalti defendido de Kieza.
‘CÉREI A’ Um grande time começa por um grande goleiro. E um grande goleiro começa por um mais velho, posição delicada, cheia de detalhes, mumunhas, na manha do gato, o aconselhamento pelos ancestrais produz arquétipo divinal, pois o número 1 é o todo.
Para passar a camisa 1 ao jovem, é preciso vivência, impressões gerando ideias firmes, não há como formar o bom goleiro só em sala de aula, sob risco de queimar o promissor talento.
Dizia Neném Prancha, pré-socrático do fútil-bol: “O goleiro tem de dormir com a bola e, se for casado, dormir com as duas”. Ilustrou assim o pensador a necessidade de o goleiro fazer do ofício a sua vida, e da vida seu ofício, como um jornalista e um professor extremados.
Ficar treinando depois de todo mundo ir pro banho, corrigindo-se obsessivamente, faz parte do caminho a ser percorrido, jamais seu final alcançado, sob pena de a certeza da perfeição abreviar trabalho incessante.
O América sofre da síndrome do mascote, representação e real misturados, porque vira coelho mesmo, quando sobe de série, time ioiô, um estrangeiro na A, sem dar uma (vitória), jejum total, neste viés, nada a ver com o copulante dentuço; melhor mudar de bicho!