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Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2018 às 05:00
- Atualizado há 2 anos
Falando de aviões comerciais, a decolagem demanda mais pista. Basicamente porque, nesses aviões, os freios são mais efetivos para reduzir a velocidade do que os motores para acelerar. Porém, se a pista estiver contaminada com muita água ou neve, por exemplo, aí a eficiência do freio fica comprometida, demandando muito mais distância para o pouso.>
Aqui na minha cidade, os aviões pousam 90% das vezes em um sentido. Quando eles começam a pousar no outro sentido da pista, já sabemos que vai chover. Qual é a ciência por trás disso?>
Os aeroportos são, normalmente, e se o terreno permitir, construídos no sentido do vento predominante no local. Isso acontece porque o ideal é ter o vento alinhado com a pista no sentido contrário da decolagem ou pouso. Nos dias de tempo bom, o normal é o vento ficar na mesma direção, e os aviões vão pousar de acordo com o vento predominante, sempre no mesmo sentido. O que valida o seu raciocínio é que a maior causa de mudança na direção do vento quando uma frente fria está chegando. Ventos, declínio na pressão atmosférica, aumento da temperatura do ar são os indicadores. Depois, quando a frente fria chega, haverá instabilidade no tempo, com chuvas e trovoadas. O tempo fica bom após a passagem, com temperatura mais baixa, alta pressão atmosférica, chuva leve, nevoeiro, tempo estável.>
Qual é a pior pista do Brasil para pousar?>
Eu não diria pior, mas há pistas que exigem um grau maior de atenção dos pilotos por determinados fatores, como pista curta, como, por exemplo, Santos Dumont-RJ e Ilhéus; aeroportos com elevações ao redor, como Santos Dumont-RJ, Joinville e Florianópolis; e também aeroportos que apresentam o chamado ‘black hole (buraco negro)’ que é quando o aeroporto fica no meio do nada e de noite fica mais difícil de avaliar a altitude em relação a ele na aproximação, como Santarém/PA.>
Ricardo Oliveira é comandante>