Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Restaurante de cozinha coreana faz sucesso na Pituba

Espaço comandado pelo chef Kion funciona da hora do almoço até às 22h30 initerruptamente

  • Foto do(a) author(a) Ronaldo Jacobina
  • Ronaldo Jacobina

Publicado em 8 de julho de 2023 às 11:00

Gwiwon Seo nasceu em Seul, na Coreia do Sul, e rodou o mundo como executivo de uma grande indústria de eletrônicos até chegar ao Brasil, em 2007. Viveu em São Paulo por vários anos como colaborador da companhia até que cansou da rotina pesada e do fuso horário de 12 horas que era obrigado a encarar. Enquanto os brasileiros se preparavam para se recolher, o executivo armava sua bancada de trabalho para longas reuniões que precisava enfrentar com seus conterrâneos que estavam iniciando o dia na matriz da empresa.

Yakissoba coreano de Camarão  Crédito: Divulgação 

Numa de suas férias, veio conhecer o Nordeste com amigos e se encantou pela Bahia. Voltou para a capital paulista e, anos depois, deu um basta na rotina agitada e migrou para cá em 2014, onde virou professor. Entre uma aula e outra, costumava preparar uma comidinha de seu país para os alunos, se aproveitando do conhecimento adquirido num curso de gastronomia feito no tempo em que morou em Nova York.

Mandu: pastel coreano no vapor Crédito: Divulgação 

“As pessoas foram gostando do que eu fazia e eu fui sendo incentivado por eles a abrir um pequeno restaurante, atividade que nunca tinha passado pela minha cabeça, embora sempre gostasse de cozinha”, conta Gwiwon, que, na Bahia, como as pessoas não conseguiam pronunciar seu nome, logo adotou o apelido de Kion, que mais tarde batizaria seu negócio. Kion, numa tradução livre, quer dizer energia quente. E nenhum nome seria mais apropriado para alcunhar o chef, que além de simpatia de sobra, não para quieto. Está sempre inventando um molho novo, testando novos temperos e dando sua assinatura a pratos clássicos da gastronomia coreana.

A casa, localizada na Rua Minas Gerais, na Pituba, é o segundo endereço do Kion Korean Cuisine, inaugurado em fevereiro passado. O primeiro foi no mesmo bairro, mas não teve vida longa em função da pandemia. O espaço atual, com capacidade para 40 pessoas, abre diariamente das 11h30 às 22h30, ininterruptamente. Vale a pena ver o entra e sai constante do público, que entendeu de cara a proposta do chef e se encantou com sua comida.

Japchae: macarrão de batata doce Crédito: Divulgação 

E não tem como não se encantar mesmo. Na minha primeira visita, estava com oito amigos, pedimos de tudo e aprovamos praticamente o todo que consumimos. Fiquei com vontade de voltar e o fiz na semana passada, repetindo pratos que havia pedido e testando o que não havia comido.

O bom é que, assim como na maioria dos restaurantes de comida asiática, dá pra fazer uma farra com várias entradinhas, com um bom custo benefício. A começar pelo mandu, uma espécie de guioza que pode sair no vapor ou frito, com recheios variados. Ambos muito bons. Difícil destacar uma ou outra entrada, mas vá pedindo a ajuda do chef que ele adora explicar tudo e aí você vai viajando na história da cozinha coreana.

Bibimbap: arroz com legumes refogados, carne, ovo frito e gergelim Crédito: Divulgação 

Caso queira ir direto aos pratos principais, sugiro, dentre outras coisas, que comece com o Bibimbap, um delicioso arroz coberto com vários legumes refogados, carne, ovo frito, semente de gergelim e que vem acompanhado de molho gochujang (pimenta coreana) e banchans (pequenas porções de acompanhamentos). Na hora de comer, a gente mistura tudo e reza para agradecer.

Outra opção imperdível é o Lamen, ou Ramen, um macarrão oriental que é um dos clássicos da cozinha coreana, a ponto de ter restaurantes que oferecem apenas este prato, com recheios diferentes, no cardápio. Mas se seu desejo for por uma massa, peça o Japchae, um macarrão de batata doce com molho escuro e que vem acompanhado de legumes. Maravilhoso!

Chef Kion Seo  Crédito: Divulgação 

Mas maravilhoso mesmo, se é que tenho que eleger um prato, seria o Yangneom Chicken. São pedaços de frango frito e temperado com molho especial (segredo do chef), que é agridoce e picante. Fica ainda mais espetacular porque é servido com um arroz oriental delicioso. Neste prato, assim como em muitos outros da seção dos principais, o chef envia à mesa os banchans que, como já disse acima, são pequenos acompanhamentos que dão a dimensão da variedade do que é servido na casa, além de permitir que o cliente experimente muitos e vá fazendo suas escolhas.

Longe de querer ficar aqui sugerindo a você, meu nobre leitor, as minhas preferências. Sugiro que vá lá e, assim como eu, explore os sabores. Tenho certeza que você, assim como milhares de baianos que entram e saem da simpática casinha ainda sem identificação na porta, vai ficar freguês.

Yangneom Chicken. :frango frito temperado com molho agridoce e picante  Crédito: Divulgação

E vale uma notinha de rodapé aqui: se você gosta de cantar, solte a voz. Por lá, assim como é na Coreia, o Karokê (que acontece a qualquer dia e qualquer hora) faz parte da cultura do lugar, que é todo decorado com peças trazidas por Kion do acervo de sua família.

Serviço:

Kion Korean Cuisine @kionkoreancuisine

Rua Minas Gerais, 508 A , Pituba.

Tel. 71 99244 9908