Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Cardeais da base preveem danos com guinada na chapa do PT para o governo baiano

Pro Jairo Costa Júnior

  • Foto do(a) author(a) Jairo Costa Jr.
  • Jairo Costa Jr.

Publicado em 24 de fevereiro de 2022 às 19:25

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: .

Um sentimento domina hoje a base aliada ao governador Rui Costa (PT), no rastro de eventuais reviravoltas na composição da chapa majoritária que irá brigar para permanecer mais quatro no poder: o de que a provável mudança, com anúncio a ser oficializado a qualquer momento, causará estragos difíceis de recompor. A começar, para as candidaturas a deputado estadual e federal. Com a possibilidade de que o senador Jaques Wagner (PT) desista do páreo, após meses a fio trabalhando nome, a incógnita que resultará da nova composição do palanque governista vai alimentar dúvidas sobre se não é hora de migrar para a oposição ou ainda de manter distância regulamentar dos dois blocos. 

Essa interrogação, seguida por uma janela curta para trocas partidárias, com apenas um mês contado a partir da próxima terça-feira, dia 1º, pode levar a um entra-e-sai fora do previsto. A depender dos nomes que restarão na chapa do governo, uma debandada geral na base do Palácio de Ondina no fututo brevíssimo não causará espanto. Apesar de Wagner patinar na casa dos 25% das intenções de voto em sucessivas pesquisas, ele é de longe o quadro governista com maior recall. Em segundo na fila, vem o também senador Otto Alencar (PSD), especulado como substituto de Wagner, embora suas recentes declarações sinalizem que, caso ocupe o posto, será contra a vontade. O que não é lá muito positivo para a campanha.

Os estragos também afetam a relação do PT e de líderes de outras legendas com o governador. Nos bastidores da base, tornou-se voz corrente a crítica de que Rui atropelou aliados para impor a candidatura ao Senado. Em síntese, jogou só para si, e o partido que se dane. Mesmo que Rui tenha dito que decidiu se candidatar após Wagner anunciar, internamente, a desistência, quem acompanha de perto os movimentos da política local sabe que não passa de jogo de cena para diluir o mal estar público causado pelo xeque do governador no lado do tabuleiro onde move as peças. Para integrantes da cúpula petista no estado, fechou a equação levando em consideração os próprios ganhos e deixando os riscos para os companheiros.

Em conversas reservadas, parlamentares e dirigentes do PT garantem que a guinada no desenho governista para a disputa na Bahia, caso se concretize, não terá origem na suposta articulação conduzida e determinada  do forma unilateral pelo ex-presidente Lula. Essa seria tão somente a justificativa usada para evitar mais desgastes na base, reduzir a ira dos aliados em relação a Rui e oferecer uma saída honrosa a Wagner. Pode funcionar dentro do círculo íntimo, mas dificilmente reduzirá a temperatura na órbita de partidos sem posição sólida no espectro de poder e que navega de acordo com o veto.

Para deixar o caldo ainda mais grosso, interlocutores de Otto Alencar afirmam que a meta do senador é assegurar o novo mandato de oito anos no Congresso, mais fácil de ser alcançada do que vencer a corrida pelo Palácio de Ondina, tendo largado com certo atraso e sob forte rebuliço. No entanto, a disposição de Rui em levar adiante a candidatura ao Senado retira gás de Otto. No páreo entre os dois, o governador leva grande vantagem sobre ele. Daí as especulações que indicam a vaga de vice como segunda hipótese na mesa. O problema é se haverá a reedição da dobradinha de 2010 com Wagner ou se o PT lançará outro quadro puro-sangue. Tudo isso, somado às incertezas de como se comortará o vice-governador João Leão (PP) no controle do leme, aquece ainda mais o caldeirão já bastante quente da base.