Fim de trens para obras do VLT já custou R$ 6,5 mil a cada trabalhador do Subúrbio

Por Jairo Costa Júnior

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Publicado em 27 de julho de 2023 às 05:00

A desativação da linha de trens entre Calçada e Paripe para as obras do VLT do Subúrbio fez com que cada usuário do sistema perdesse, em média, cerca de R$ 6,5 mil desde que o modelo deixou de circular, considerando o morador da região que se desloca para o trabalho de transporte público apenas nos dias úteis. O cálculo se refere ao período de fevereiro de 2021, quando a operação nos trens foi extinta, e julho deste ano, e leva em conta a soma das passagens de ida e volta de ônibus com base na tarifa unitária praticada hoje na capital - R$ 4,90.

Margem de perda

Caso a linha férrea não fosse desativada, o impacto acumulado no bolso do cidadão seria bem menor, aproximadamente R$ 650, com base no preço cobrado nos trens, cuja passagem era sempre dez vezes menos que a de ônibus. Como a imprensa vem noticiando há mais de dois anos, o peso no orçamento doméstico causado pelo fim do sistema ocupa o topo das queixas feitas por moradores do Subúrbio que ficaram órfãos de um serviço de transporte muito mais barato.

Presente de grego

Uma rápida pesquisa feita pela coluna revela uma infinidade de serviços, produtos e bens que poderiam ser adquiridos com o total gasto a mais pelo cidadão comum nos 893 dias sem os trens. Com R$ 6,5 mil, daria para comprar uma TV de 50 polegadas 4k UHD e um notebook ou bancar sete diárias em um resort de alto padrão no litoral baiano. O montante seria suficiente também para custear uma pequena reforma, dar entrada em um carro seminovo, quitar dívidas, realizar cursos, renovar a mobília ou poupar para o futuro, coisas difíceis para quem vive em um dos maiores bolsões de pobreza da cidade. Para piorar, a intenção do governo estadual de cancelar o contrato do VLT, confirmada anteontem, vai elevar ainda mais a conta.

Tela quente

A previsão é de clima tenso no encontro do Diretório Municipal do PT de Salvador remarcado para hoje, depois que a reunião realizada no sábado passado foi suspensa devido a um tumulto generalizado envolvendo lideranças do partido. Segundo apurou a Satélite, mesmo com as ameaças de punição feitas por dirigentes da cúpula petista na Bahia, os conflitos em torno da candidatura da legenda na disputa pelo Palácio Thomé de Souza em 2024 estão longe do cessar-fogo.

Sem carimbo

Parlamentares da bancada baiana em Brasília estão convictos de que só há uma explicação para o voto do deputado federal Otto Filho (PSD) contra o destaque da Reforma Tributária que previa incentivos fiscais a empresas interessadas em se instalar no Norte e Nordeste, incluindo a sonhada fábrica da montadora chinesa BYD na Bahia: ele de fato errou o voto, como disse o pai, o senador Otto Alencar (PSD), mas não quer admitir o vacilo.

Como antes

Políticos com vasta experiência em avaliar cenários garantem que, apesar da infinidade de pré-candidatos à prefeitura de Feira de Santana, o páreo acabará polarizado. De um lado, estará o deputado federal Zé Neto (PT), que já reuniu consenso na sigla para ganhar a vaga. Do outro, o nome mais provável é o ex-prefeito Zé Ronaldo (União Brasil).

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