Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Jairo Costa Jr.
Publicado em 29 de novembro de 2023 às 05:00
O presidente da Assembleia Legislativa, Adolfo Menezes (PSD), admitiu ontem que foi oferecida a ele a vaga no Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) hoje ocupada pelo conselheiro Fernando Vita, cuja saída ocorrerá em 22 de dezembro, quando completa 75 anos, idade máxima para permanência na corte. Entretanto, disse ter recusado a oferta, sem revelar de quem partiu a proposta. "É verdade que me mandaram um bilhete de ida para o céu antes que eu tivesse morrido, mas avisei que no momento não estava pronto para partir", afirmou, durante almoço com jornalistas no Salão Nobre da Casa, em clara alusão à natureza vitalícia do cargo, tido como o paraíso na Terra pelo excesso de mordomias. >
Território marcado>
Adolfo Menezes destacou também que, dessa vez, é unânime a disposição dos deputados em assegurar a vaga para um integrante do Legislativo estadual, já que a cadeira de Fernando Vita pertence à cota dos parlamentares no TCM. "Mas o jogo está embolado, e dificilmente será resolvido no curto prazo", acrescentou.>
Metamorfose ambulante>
Embora tenha declarado posição contrária à reeleição para chefes dos poderes Executivo e Legislativo, o presidente da Assembleia demonstrou apoio à PEC que lhe permite continuar no posto por mais dois anos, possibilidade vetada atualmente por emenda de sua autoria. Para justificar o paradoxo, alegou que a proposta surgiu do desejo majoritário dos deputados e que o Congresso jamais se dedicou a efetivar a proibição no texto constitucional. Indagado sobre a posição contraditória em benefício próprio, disparou: "Não sou santo". Se o cavalo passar selado na frente dele, disse que espera "estar com as pernas fortes" para montá-lo.>
Nem sim, nem não>
Adolfo Menezes sinalizou ainda que não se pode descartar a eleição antecipada para o comando da Casa, hipótese cogitada por lideranças da base e noticiada pela Satélite no último dia 9. "Acho difícil, mas é possível", afirmou, ao apontar a decisão da maioria dos deputados como fator a ser considerado. Para ele, o único sentimento consolidado em grande parte dos parlamentares é evitar que o PT controle Assembleia e governo ao mesmo tempo. Ou seja, que o líder governista, Rosemberg Pinto, assuma o lugar de Menezes em 2025.>
Nada disso!>
O vereador André Fraga (PV) negou que exista qualquer intenção de migrar para o PDT, como foi informado ontem pela coluna, e garantiu que só deixará o atual partido se for expulso. “Toda minha trajetória foi construída no PV. Tenho apoio total da direção da legenda no estado para disputar a reeleição em Salvador e jamais negociei com o PDT ou outro partido”, ressaltou.>
Linha verde>
Desde que foi criada a federação composta por PT, PCdoB e PV, André Fraga enfrenta forte pressão para romper a aliança com o prefeito Bruno Reis (União Brasil). Contudo, as investidas esbarram na blindagem do presidente estadual do PV, Ivanilson Gomes, e nas insatisfações dos cardeais da sigla com a postura individualista do PT dentro do bloco partidário.>
Claudio Tinoco
Vereador da capital pelo União Brasil, sobre o projeto que anistia débitos de quem comercializa produtos na faixa de areia da orla da cidade, cuja votação está prevista para hoje na Câmara Municipal