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Governador diz que Brasil perde lotes por indefinição na contratação de novos imunizantes
Da Redação
Publicado em 17 de fevereiro de 2021 às 20:28
- Atualizado há um ano
O governador Rui Costa participou de uma reunião virtual com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello e demais governadores, na tarde desta quarta-feira (17), quando foi apresentado um cronograma de vacinação contra a Covid-19. O ministro informou que, de fevereiro até julho, 230,7 milhões de doses de vacinas serão distribuídas aos estados. "O positivo é que finalmente foi apresentado esse cronograma. A expectativa é que novas vacinas possam ser contratadas e, com isso, antecipamos a vacinação. Estamos vivendo em vários estados brasileiros, a exemplo da Bahia, um aumento no número de doentes e um crescimento no número de óbitos. Portanto, há uma crise no Brasil nesse momento e somente a vacina será capaz de conter esse crescimento", disse Rui. O governador informou que segundo detalhamento do ministério da Saúde, 11,3 milhões de doses serão entregues aos estados ainda neste mês de fevereiro, sendo 2 milhões de doses da AstraZeneca/Fiocruz, importadas da Índia, e 9,3 milhões da Coronavac/Butantan, produzidas no Brasil. O cronograma do primeiro semestre também inclui a vacina russa Sputnik V e a indiana Covaxin, imunizantes que ainda não tem uso autorizado no Brasil. "O ministério ainda está negociando a contratação dessas outras vacinas. A vacina russa já poderia ter chegado ao Brasil. O que estamos presenciando, infelizmente, é que estamos perdendo lotes de vacina, porque ninguém vai deixar um estoque parado esperando o dia que o Brasil decidir. Outros países vão comprando e o Brasil vai ficando para o final da fila. A expectativa é que o ministério, junto com a Anvisa, acelere a homologação e a contratação dessas novas vacinas e, com isso, nós conseguiremos salvar muitas vidas humanas", acrescentou Rui.
Pagamento de UTIs
Segundo Rui, o ministro ainda apresentou critérios de pagamento de uso de UTIs. "Ele relatou que iria mudar o pagamento de pré-pago para pós-pago. O entendimento é de que o ministério está pretendendo, ao invés de pagar por leito habilitado, pagar apenas por leito utilizado. Mas o critério histórico do SUS não é esse. Se temos 10 leitos de UTI, nós habilitamos e pagamos por 10 leitos até porque a equipe que vai manter aquela UTI, sendo 9 ou 10 leitos ocupados, é a mesma. Não tem como reduzir o tamanho da equipe. O ministro, no nosso entender, finalizou concordando com isso, mas vamos aguardar a publicação da portaria", disse o governador.