Gabigol aceita pagar R$ 110 mil por flagrante em cassino ilegal

MP propôs que jogador pague 100 salários mínimos em troca da extinção do processo de crime contra a saúde pública

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  • Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2021 às 19:37

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Polícia Civil/Divulgação

O atacante Gabriel Barbosa Almeida, o Gabigol, não responderá a processo por crime de saúde pública após ter sido flagrado em um cassino clandestino na capital paulista, em março. O jogador aceitou nesta segunda-feira (26) um acordo com a Justiça de São Paulo para pagar 100 salários mínimos, o equivalente a cerca de R$ 110 mil, por ter infringido as regras mais rígidas de isolamento no estado.

A proposta foi feita pelo Ministério Público e aceita por Gabigol e sua equipe de advogados. A quantia será revertida ao Fundo Municipal da Criança e do Adolescente. Pela lei, o crime de infração à medida sanitária preventiva tem pena prevista de um mês a um ano de detenção, além de multa, no caso de condenação.

Além do jogador do Flamengo, o funkeiro MC Gui e o diretor artístico Rafael Vanucci, filho da cantora Vanusa, foram detidos pela Polícia Civil após serem encontrados no cassino irregular. Cerca de 150 pessoas estavam na casa de jogos ilegais, que funcionava em um prédio na Vila Olímpia, zona sul de São Paulo.

O flagra aconteceu em meio ao período de restrições impostas pelo governo estadual, por causa da pandemia da covid-19. Todos os envolvidos foram levados a uma delegacia e liberados após assinarem um Termo Circunstanciado (TC), registro policial de menor potencial ofensivo, por terem cometido crime contra a saúde pública.

A audiência com Gabigol estava marcada inicialmente para acontecer, de forma virtual, no dia 20 de abril, mas foi adiada pela Justiça a pedido da defesa, já que o atleta atuaria no mesmo dia pelo Flamengo contra o Vélez Sarsfield. O jogo, pela primeira rodada da Libertadores, aconteceu em Buenos Aires, na Argentina.

A reunião por videoconferência aconteceu nesta segunda-feira (26) e foi celebrada pelo juiz Fabricio Reali Zia, do Juizado Especial Criminal (Jecrim) no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Durante a audiência, que durou menos de 10 minutos, o jogador não comentou o processo, se limitando a aceitar os termos do acordo proposto.