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Da Redação
Publicado em 9 de março de 2022 às 15:34
- Atualizado há 2 anos
O tema Sociedade Anônima do Futebol (SAF) voltou a ganhar força no Bahia. Depois de revelar que busca investidores para o tricolor, o presidente Guilherme Bellintani voltou a falar sobre o assunto e afirmou que está formatando um projeto que mude o Esquadrão de patamar, mas ressaltou que o clube não está em busca de um cheque.>
"Eu e Vitor buscamos desenhar o melhor projeto possível para uma SAF no Bahia, para que na hora que o sócio ou o conselheiro estudem esse tema, eles não comparem se é melhor manter-se como associação ou uma SAF ruim. Tem que ser o melhor projeto possível para o Bahia. Eu vou escolher isso ou manter-me como associação. Essa é a grande discussão de qualidade que poucos clubes estão fazendo no futebol brasileiro", iniciou Bellintani. >
"Desde o ano passado, promulgada a lei, fomos buscar a concepção do que seria o melhor projeto para o Bahia. Avançamos muito e estamos muito próximos da construção desse projeto. Porque o Bahia não está no mercado atrás de um cheque. Estamos atrás de um projeto. As discussões da SAF no futebol brasileiro estão: "Tal grupo vai investir R$ 700 milhões, R$ 800 milhões, R$ 1 bi". Isso não está no centro da nossa pauta. O centro da nossa pauta é: Qual é o projeto que nós queremos colocar para o sócio e sócia, para o conselheiro e conselheira analisarem. Dentro desse projeto está o dinheiro, é óbvio. Não se constrói um projeto vencedor, que mude o Bahia de patamar sem injeção de recursos. Mas o recurso não pode ser a única decisão", explicou.>
Nos últimos meses, o Bahia tem sido colocado como alvo de alguns grupos interessados em investir no futebol brasileiro. O principal deles é o Grupo City, fundo árabe que é dono de vários clubes ao redor do mundo e tem o Manchester City, da Inglaterra, como a sua franquia mais famosa. >
Apesar de ter sido questionado se foi procurado pelo City, Bellintani não quis falar em nomes, mas deu a entender que está bem próximo de apresentar uma proposta concreta. De acordo com o cartola, a ideia é de que nos próximos 15 dias o tricolor inicie os debates sobre o possível interessado. >
"Eu diria que hoje, como está o nosso momento? Nós conversamos com muita gente, com muitos grupos. Tinha dito há um tempo que dois ou três grupos estavam próximos. Não vou dizer nomes, porque se falar o nome de um, exponho uma negociação que não está no momento. Não estou dizendo nem sim e nem não. Nem Grupo City, nem grupo alfa, nem beta. Mas nós estamos juntos com esse potencial investidor discutindo o melhor projeto possível para o Bahia e o melhor projeto possível é o que mude o Bahia de patamar. Que faça com que a gente consiga aspirar coisas maiores do que ter sempre uma limitação financeira, depender sempre da quantidade de sócios para poder estar mais ou menos alavancado. Essa é a nossa construção do momento", disse. >
"O projeto está sendo muito bem discutido num nível altíssimo. É uma coisa de envolvimento muito grande nesse momento e eu diria que estamos razoavelmente próximos de colocar essa discussão em debate. Primeiro para a comissão do Conselho Deliberativo, com sete membros da comissão", explicou.>
Vale destacar que recentemente o Conselho Deliberativo do Bahia montou uma comissão para estudar assuntos relacionados à SAF. Caso a proposta ocorra mesmo, a decisão para a transformação ou não clube em empresa será tomada pelos sócios, em Assembleia Geral (AGE). >
"A gente já está discutindo muito conceitual, mas de forma concreta, talvez em 10, 15 dias já tenha temas concretos para trazer na discussão da comissão do Conselho. E talvez mais algumas semanas, a gente possa levar ao conhecimento do Conselho Deliberativo do sócio. Repito, o Bahia fazer SAF ou não, é o torcedor que vai decidir. Não é Bellintani, eu não tenho poder para isso. Eu e Vitor estamos trabalhando na construção do melhor projeto possível para avaliação do torcedor. Hoje, numa escala de 0 a 10, estou com um nível de otimismo muito mais perto de 10”, disse. >
“Vamos conseguir em breve trazer, para análise da comissão do Conselho, do próprio Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal, da Assembleia de sócios, um projeto que pode sim mudar a história futura do clube, com muito cuidado. Não estou atrás de um cheque, o Bahia não merece uma discussão de SAF em cima de um cheque. Precisamos discutir um projeto", finalizou.>