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Da Redação
Publicado em 6 de fevereiro de 2023 às 15:43
- Atualizado há 3 anos
Baiano, nascido em Porto Seguro, mas que fez toda base na Alemanha e só aos 27 anos terá a primeira chance de jogar no futebol brasileiro. Esse é Cauly Oliveira, último reforço anunciado pelo Bahia. >
Nesta segunda-feira (6), o meia foi apresentado oficialmente pelo tricolor. Na Fonte Nova, ele falou pela primeira vez como jogador do Bahia e explicou o motivo de ter ido buscar na Europa o sonho de se tornar um jogador profissional. >
“Eu nasci em Porto Seguro e fui criado lá até os 11 anos. Depois fui para a Alemanha. Não foi uma decisão fácil. Mas na época eu aceitei e cresci muito como pessoa. Depois tive a oportunidade de realizar um sonho de ser jogador profissional em um dos campeonatos mais fortes do mundo que é o Alemão. Hoje eu sou grato por ter dado esse passo quando criança”, iniciou ele.>
“A adaptação foi muito difícil nos primeiros dois anos. Uma outra cultura, outro clima, idioma. Eu pedia sempre para voltar, mas cresci com isso, com a experiência, e hoje sou grato por ter passado por tudo”, completou. >
Cauly Oliveira deu os primeiros passos no futebol no Colônia, mas se profissionalizou no Fortuna Colônia, outro clube da cidade alemã que carrega o mesmo nome. Ele passou ainda por Duisburg e Paderborn, ambos no futebol alemão, antes de chegar ao Ludogorets, em 2019. >
No clube búlgaro o meia atuou por quatro temporadas. Ao todo ele disputou 115 jogos, marcou 27 gols e deu oito assistências. O jogador foi o segundo que mais criou chances de gols na última Liga Europa e chamou a atenção do Bahia. O diretor de futebol do tricolor, Cadu Santoro, explicou que o meia já estava no radar dos analistas do Grupo City.>
No Bahia, Cauly chega para um setor carente. O tricolor conta apenas com Daniel para a função de meia armador. O garoto Patrick Verhon também está no grupo, mas ainda não jogou sob o comando de Renato Paiva. Por sinal, o brasileiro que fez toda a carreira no Velho Continente encontrará no tricolor uma comissão técnica europeia, algo que pode facilitar no processo de adaptação ao estilo de jogo do português Renato Paiva. >
“Eu sou um meio campista técnico, gosto de estar com a bola no pé, de criar, achar os meus companheiros e achar espaços para finalizar. Tento sempre ser efetivo. Eu estou bem confiante de que vou poder ajudar, vou trazer qualidade, mas também a experiência que eu tenho com uma mentalidade boa”, explicou ele. >
O novo meia tricolor já está regularizado e desde a última sexta-feira (3) está integrado ao elenco e treinando no CT Evaristo de Macedo. Questionado sobre quando estará à disposição para estrear, Cauly explicou que vem de pré-temporada com o Ludogorets e precisa apenas se adaptar ao futebol brasileiro. Nesta quarta-feira (8), o Bahia recebe o Bahia de Feira, na Fonte Nova, pelo Campeonato Baiano. >
“Esse ano foi diferente por conta da Copa do Mundo, a parada foi maior. Mas eu venho de pré-temporada, estou me sentindo bem. Os últimos dias foram turbulentos, com mudança, voos, pouco sono. Mas eu estou trabalhando e dando o máximo para ficar à disposição o mais rápido possível”, afirmou.>
Confira outros assuntos abordados: >
Origem do nome Meu nome é Cauly, não sei muito bem de onde veio. O meu pai escolheu. Eu acredito que tem uma origem do Havaí, por aí. Meu pai gostava muito de surfar. >
Adaptação ao Brasil Eu tive uma escola muito boa na Alemanha, passei a base toda lá, conquistei o sonho de jogar no Campeonato Alemão, depois fui para a Bulgária com o sonho de jogar os campeonatos europeus. Claro que o ritmo pode ser diferente, mas futebol é futebol e eu vou tentar me adaptar o mais rápido possível. >
Negociação com o Bahia Eu tive algumas negociações, outras possibilidades, mas para mim, tendo essa conexão com a Bahia, foi muito especial. Sabendo do projeto do Bahia me deixou empolgado. Acho que é uma chance única, com um grupo forte. Todos unidos vamos dar o máximo para conseguir as conquistas. >
Amizade com Cicinho Cicinho foi um cara importante para mim na Bulgária. Tanto ele quanto outros brasileiros me ajudaram. Fico feliz por continuar minha carreira ao lado dele, é um cara que eu considero muito. Minha recepção foi boa, fiquei feliz com a estrutura do CT, de alto nível.>