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Tricolor pode perder por até dois gols de diferença que se garante na decisão
Gabriel Rodrigues
Publicado em 27 de março de 2019 às 05:00
- Atualizado há um ano
O Campeonato Baiano vai conhecer nesta quarta-feira (27) o seu primeiro finalista. A partir de 21h30, a bola rola para Bahia e Atlético de Alagoinhas, no estádio Carneirão, pelo jogo da volta da semifinal do estadual.
Maior vencedor do Baianão, com 47 títulos, o tricolor tenta embalar a sua oitava final consecutiva e tem situação bem tranquila para garantir a missão com sucesso. Como venceu o jogo de ida por 3x0, na Fonte Nova, o Bahia pode perder por até dois gols de diferença que mesmo assim avança para a decisão. Mesmo com a situação bem favorável, o atacante Artur afirma que o time vai com força total para o duelo e rejeita o clima de já ganhou.
“Jogo difícil. Como disse, cada jogo é uma história. 3x0... Futebol é incrível, por isso é um esporte muito popular, porque pode reverter a qualquer momento. Um jogo muito importante, e a gente tem que estar muito concentrado”, disse Artur.
Artilheiro do Bahia no Baianão com quatro gols, Fernandão segue o mesmo pensamento e diz que os jogadores precisam estar concentrados em Alagoinhas. “Vai ser um jogo difícil. Independente do resultado do primeiro jogo, nós temos que manter a concentração. Vai ser difícil jogar lá, mas que a gente possa sair com um novo triunfo e chegar à final”, afirmou o camisa 20.
Chance histórica Como este ano o regulamento do Baianão não prevê a vantagem de jogar por dois resultados, um triunfo do Atlético por três gols de diferença leva o duelo para os pênaltis. O Carcará só conseguirá avançar à final da competição de forma direta se aplicar uma goleada de pelo menos quatro gols de diferença.
Caso consiga o feito de desbancar o tricolor, o Atlético de Alagoinhas vai entrar para a história. A equipe do interior só chegou na decisão do Baianão uma única vez.
Em 1973, o Carcará desbancou os adversários e se classificou à final após terminar em primeiro no quadrangular do primeiro turno.
O adversário na decisão foi justamente o Bahia. Na ocasião, o Esquadrão bateu o Atlético por 2x0, com gols de Douglas e Peri, e faturou o caneco. A conquista abriu a série histórica que culminou no heptacampeonato, em 1979.
Apesar de considerar a tarefa complicada, o volante Fausto, um dos mais experientes do elenco do Atlético, acredita que o time pode reverter a vantagem.
“Vamos trabalhar duro, sabendo das dificuldades. Vamos enfrentar o Bahia, mas se Deus quiser vamos reverter essa situação”, afirmou Fausto durante entrevista à TV Bahia.
Precisando do resultado, o volante garante que o time vai para cima e aposta em João Neto e Peixoto, artilheiros do Baianão, com oito e cinco gols, respectivamente. “Ofensividade é a nossa aposta nesse jogo importante. Que os nossos artilheiros, João Neto e Peixoto, possam fazer os gols”, continuou o volante, que briga por uma vaga entre os 11.
Decisão em casa Apesar de poder até perder para chegar à decisão, o triunfo sobre o Atlético será fundamental para que o Bahia consiga fazer uma possível decisão na Fonte Nova. Como passou em terceiro na primeira fase, o tricolor precisa somar os pontos dos jogos da semifinal para saber se fará o segundo jogo da decisão em seus domínios. Neste momento, o Bahia lidera a classificação geral com 18 pontos, um a mais que o Bahia de Feira, que passou como líder, mas ficou no empate com o Vitória da Conquista no primeiro jogo da semifinal do certame.
Com isso, em caso de derrota no Carneirão, o tricolor poderia ser ultrapassado pelo Bahia de Feira e teria que fazer o segundo jogo da final em Feira de Santana.
A última vez que a decisão do Baiano não foi disputada em Salvador foi em 2001. Naquele ano, o Bahia bateu o Juazeiro por 3x1, em Juazeiro, e conquistou o título.