Roger faz mistério sobre mudanças no meio-campo e ataque do Bahia

Arthur Caíke, Élber, Ronaldo e Guerra disputam vagas para o duelo com o Vasco

  • Foto do(a) author(a) Gabriel Rodrigues
  • Gabriel Rodrigues

Publicado em 4 de setembro de 2019 às 17:00

- Atualizado há um ano

. Crédito: Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Como tem sido costume no Fazendão, o técnico Roger Machado voltou a adotar o clima de mistério. Com duas dúvidas para montar o time do Bahia que vai enfrentar o Vasco, sábado (7), às 11h, no estádio de São Januário, o técnico tricolor não deu pistas sobre a equipe titular.

Nesta quarta-feira (4), Roger fechou o trabalho. A imprensa pôde acompanhar apenas o aquecimento. Foi nesse trabalho que o treinador começou a definir a equipe. E as principais dúvidas estão no meio-campo e ataque.

O primeiro problema para Roger é definir o substituto de Artur, que está com a seleção brasileira olímpica e não vai encarar o Vasco. Pelas características, Élber seria o substituto natural, mas o treinador pode mudar a estratégia e optar por Arthur Caíke. O gol de falta contra o CSA deu moral ao camisa 77.

"Depende muito do que a comissão técnica deseja para o jogo. Se eu desejar ter a presença de área do Arthur Caíke, as finalizações de curta e média distância, batidas de falta, vou optar pelo Arthur. Agora, se eu quiser um jogo de entrelinhas, uma flutuação maior e vitória pessoal por habilidade e velocidade, seria Élber", analisou Roger, sem dar pistas sobre quem larga na frente.

A outra disputa também tem relação com a estratégia do jogo. Se contra o CSA o meia venezuelano Guerra foi o titular, diante do Vasco o Bahia pode voltar ao esquema com três volantes. Nesse caso, Ronaldo entraria na equipe ao lado de Gregore e Flávio.

“Contra o Atlético-MG nós optamos pelo Ronaldo e a estratégia foi bem executada, ganhamos o jogo no segundo tempo com a entrada do Guerra para fazer a manutenção do placar, não nos tornando excessivamente defensivos, quando o adversário iria partir para cima para recuperar o prejuízo", disse Roger, antes de continuar:

"A gente sabe que o Vasco vai nos pressionar e vamos ter um meio-campo forte, mas sem abrir mão de jogar. Com os médios que joguei contra o Atlético-MG eu tenho profundidade, diferente do Guerra. Com o Guerra eu tenho um jogo mais apoiado entrelinhas, capacidade de colocar os companheiros na cara do gol. Hoje a gente define. Ontem eu testei as possibilidades que me cabiam para hoje poder definir a melhor estratégia para o jogo", explicou o técnico, antes do treino.

Incômodo Além de ter que escolher a estratégia que vai usar no Rio de Janeiro, outra coisa tem mexido com a cabeça de Roger: o horário da partida. Pela quarta vez no Brasileirão o Bahia vai entrar em campo às 11h. Segundo o treinador, jogar pela manhã altera toda a logística para a partida e rotina dos atletas.

"Com relação aos jogos às 11h, não sou contra, desde que todos joguem mesmo o número de jogos neste horário. Se você joga sempre 11h e o outro não joga nenhum, já tem desequilíbrio também. Gera mudança na logística, na estrutura da rotina diária do atleta. Se você joga 11h, quem tem o hábito de dormir e acordar mais tarde não vai conseguir, por causa do jogo, mudar seu ciclo biológico para acordar cedo, às 7h. E se você coloca um café da manhã 7h com massa, carne moída, peixe, ninguém vai comer. Muitas vezes, eu não gostava de tomar café de manhã. Eu tomava um copo de suco e pegava o treino, pelo meu hábito construído", disse.

"Na sexta, estamos abrindo mão do treino de manhã, a minha semana acaba amanhã. Pela logística, para que a gente consiga pelo menos chegar lá perto do jogo, imagine sempre poder chegar com, no mínimo, 24h antes. Para que consiga fazer isso, tem que abrir mão do treino na véspera. É prejuízo. Se tem alguma coisa boa, fisiologicamente, é que, na parte da manhã, a gente tem os hormônios anabolizantes todos na corrente sanguínea, pode ser benefício – que é perdido no segundo tempo, com sol na cabeça, no Rio de Janeiro, 40 graus, ou no Nordeste. Outro desequilíbrio. Mas é o que temos, e a gente tem que se preparar para trabalhar e fazer da melhor forma", finalizou Roger Machado.