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Vitor Villar
Publicado em 18 de maio de 2019 às 07:30
- Atualizado há 2 anos
Para fechar neste sábado (18) o último capítulo do especial de 120 anos do Vitória, o CORREIO decidiu debater: qual seria a seleção de todos os tempos do Leão? Para responder a essa questão, consultamos 12 rubro-negros – mais que um time, portanto – que vivem o clube intensamente.>
São dirigentes, antigos ou atuais, funcionários do Leão – o médico Rodrigo Vasco da Gama, por exemplo, está na Toca há 36 anos –, integrantes da crônica esportiva e pesquisadores da história do rubro-negro.>
Cada um teve a opção de montar a sua seleção de todos os tempos. O CORREIO somou os indicados e montou a seleção de 11 jogadores com os mais votados - sem seguir, necessariamente, uma ordem por posição.>
Confira os outros capítulos da série:>> Rei do Nordeste: relembre os quatro títulos regionais do Vitória>> Barradão: conheça como surgiu o maior artilheiro do Vitória>> Bateu na trave: por duas vezes o Vitória esteve perto da glória>> A Fábrica de Talentos: como o Vitória virou uma potência da base?>
Dois camisas 10 foram os mais votados. De um lado, Petkovic, eleito com 11 dos 12 votos. Do outro, Mário Sérgio, com 10 votos. André Catimba, com sete votos, e Ricky, com seis, fecham um quarteto de ataque de campeões de voto.>
Curiosamente, na defesa houve um empate entre dois zagueiros, Nelinho e Tinho, companheiros de bicampeonato estadual em 1964 e 65. Eles fariam dupla com outro defensor daquele time: Romenil.>
Veja no campinho, abaixo, os vencedores.>
OS VOTOS:>
Paulo Leandro, jornalista e pesquisador, 55 anos: Agnaldo; Rodrigo, Nelinho, Válter e França; Vanderson, Osni e Mário Sérgio; Petkovic, André Catimba e Ricky.>
José Ataíde, radialista, 85 anos: Nadinho; Valvir, Alírio, Gago e Joel; Purunga; Tombino, Alencar, Juvenal, Quarentinha e Ciro.>
Luciano Souza Santos, pesquisador, 52 anos: Dida; Rodrigo, Agnaldo Liz, Romenil e Esquerdinha; Bigu, Vampeta, Petkovic e Ramon; Ricky e Mário Sérgio.>
Paulo Carneiro, presidente, 68 anos: Detinho; Rodrigo, Romenil, Tinho e Esquerdinha; Roberto Cavalo, Fernando, Petkovic e Mário Sérgio; Bebeto e André Catimba.>
Roque Mendes, assessor de imprensa, 65 anos: Detinho; Aguiar, Nelinho, Dultra e França; Fernando Silva e Petkovic; Osni, Bebeto, André Catimba e Mário Sérgio.>
Mário Gomes, historiador, 79 anos: Nadinho; Valvir, Alírio, Elói e França; Alencar, Kléber Carioca; Quarentinha, Petkovic, Siri e Mário Sérgio.>
Rodrigo Vasco da Gama, médico do clube: Detinho; Tinho, Romenil, Nelinho e França; Bigu, Bebeto e Petkovic; André Catimba, Ricky e Mário Sérgio.>
Alexandre Lyrio, jornalista, 39 anos: Dida; Jairo, João Marcelo, Agnaldo Liz e Esquerdinha; Bigu, Arturzinho e Ramon Menezes; Mário Sérgio, André Catimba e Petkovic.>
Raimundo Viana, ex-presidente, 78 anos: Detinho; Roberto, Dultra, Válter e França; Paulo Valença, Ramon e Petkovic; Osni, André Catimba e Mário Sérgio.>
Walter Seijo, ex-dirigente, 67 anos: Dida; Tinho, Romenil, Nelinho e Leandrinho; Fernando e Petkovic; Osni, Ricky, Bebeto e Mário Sérgio.>
Isaura Maria, radialista, 70 anos: Viáfara; Rodrigo, Leonardo Silva, David Luiz e Leandrinho; Vanderson, Fernando, Ramon e Petkovic; Aristizábal e Ricky>
Milton Filho, pesquisador, 20 anos: Detinho; Rodrigo, Tinho, Romenil e Esquerdinha; Bigu, Petkovic e Mário Sérgio; André Catimba, Ricky e Juvenal.>
A SELEÇÃO: Fotos: Arquivo CORREIO OS ELEITOS:>
Detinho: Goleiro baixinho, de 1,72m, nascido em Jequié, mas que apesar da baixa estatura fechava o gol com voos impressionantes para a época. Jogou no Vitória de 1966 a 1970 e tornou-se ídolo. Quando foi negociado com o Santa Cruz, em 1970, a torcida foi ao aeroporto para pedir que ficasse.>
Rodrigo: Lateral-direito revelado na Toca, foi vice-campeão brasileiro em 1993 no seu primeiro ano como profissional. Com a camisa do Vitória, chegou à Seleção Brasileira em 1995. Voltou ao clube duas vezes: em 1999, quando o time chegou às semifinais do Brasileiro, e em 2002.>
Romenil: Zagueiro que vestiu por sete anos a camisa rubro-negra, de 1963 a 1970 e tido como um dos maiores ídolos do clube até hoje. Torcedor declarado do Leão, encarnava o espírito em campo, jogando sempre de forma viril. Foi bicampeão baiano de 1964 e 65.>
Nelinho ou Tinho: A quarta zaga teve empate entre dois craques da posição: Nelinho e Tinho, ambos companheiros de Romenil na zaga instransponível bicampeã baiana em 1964 e 65. Mais baixos, eram a referência técnica na defesa, sempre desarmando com classe.>
França: Fora de campo, o lateral esquerdo era brincalhão e arrancava risadas de seus companheiros. Em campo, era um marcador implacável apesar da baixa estatura e da magreza. Fez uma bela dupla pelo lado esquerdo do campo com Mário Sérgio, quando foram campeões baianos em 1972.>
Bigu: Volante, foi formado no Flamengo que tinha Adílio e Andrade para a posição nos anos 1980. Decidiu então vir brilhar em Salvador, vestindo a camisa de 1985 a 1989, e foi duas vezes campeão baiano - justamente no ano da sua chegada e no ano da sua saída.>
Ramon Menezes: Duas passagens em épocas diferentes da vida, mas sempre craque. Primeiro, no início da carreira, o meia chegou ao Vitória em 1994 e foi campeão baiano no ano seguinte. Já veterano, retornou a Salvador em 2008 para ser tricampeão estadual: 2008, 2009 e 2010.>
Petkovic: Em 1997 o meia sérvio trocou o Real Madrid pelo Vitória numa das contratações mais notáveis do clube. Com a bola, o gringo mostrou que, de fato, era de outra realidade. Marcou época nos anos 1990, fase de crescimento da popularidade do Leão, sobretudo entre os jovens. Foi embora em 1999.>
Ricky: O atacante nigeriano marcou uma geração dos anos 1980 por ter sido artilheiro em dois estaduais: 1984 e 85, este último quando o Vitória foi campeão e saiu de uma fila de quatro anos.>
André Catimba: Centroavante viril e com um senso primoroso de posicionamento, Catimba deitou e rolou com os passes de Osni e Mário Sérgio, tornando-se campeão baiano em 1972 com uma das linhas de ataque mais famosas da história do clube. Jogou cinco anos no rubro-negro baiano, tornando-se ídolo.>
Mário Sérgio: Talvez o maior ídolo da história rubro-negra, sua fama ultrapassa gerações desde 1971, quando desembarcou em Salvador. Foi campeão baiano em 1972 comandando uma equipe que popularizou o Vitória de forma inédita. Foi embora em 1975 deixando um legado para o Leão e foi homenageado com o nome da via que liga a Avenida Paralela ao Barradão.>