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Portal Edicase
Publicado em 3 de novembro de 2025 às 17:42
O descontrole de caixa é um dos principais fantasmas de um negócio. Dados do Sebrae mostram que 48% das micro e pequenas empresas deixam de atuar por conta desse problema e, também, pela falta de planejamento financeiro. Conforme uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 60% dos empreendedores fecham as portas antes dos cinco anos de funcionamento. >
Guilherme Coletto, especialista contábil do Grupo Villela, explica que um dos vícios de empreendedores que não conseguem manter uma empresa saudável é a falta de planejamento. “Muitos desses gestores possuem boas ideias, porém sem ter um planejamento adequado. É preciso definir metas claras, ter um diagnóstico realista do mercado, porque, caso contrário, o risco de falhas financeiras aumenta”, alerta. >
Mais do que abrir uma empresa, o micro e pequeno empreendedor precisa pensar no longo prazo e manter atenção constante à gestão financeira. “Em dois ou três anos, é fundamental olhar para trás e ter confiança no modelo de gestão que escolheu seguir. Criar rotinas sólidas para manter a parte financeira organizada e saudável é o pulmão do negócio. Quando isso não está estruturado, e o empreendedor deixa de buscar apoio especializado quando necessário, compromete a sobrevivência da própria empresa”, destaca. >
Por isso, Guilherme Coletto mostra 6 práticas semanais para manter o fluxo de caixa da empresa saudável. Confira! >
Micro e pequenas empresas podem sofrer um baque ao lidarem com eventos não previstos, mas que fazem parte do ramo de negócios. Simule situações de queda do seu produto, de baixa demanda, e certifique-se de ter conhecimento de outros locais para adquirir mercadoria, caso a fonte de reposição esteja com escassez. Estar preparado paraas adversidades é importante para não terminar com perrengues nos negócios. >
Um empresário que não está atento ao que vende perde oportunidades. Procure sempre se atentar às novidades do ramo em que a marca atua e estude o que as pessoas estão produzindo e criando na área de atuação. Não é sobre comprar qualquer tecnologia interessante que apareça, e sim estar bem preparado para distinguir as boas e as más práticas do mercado. >
Não entender que a marca que você gerencia precisa se “desprender” de você é um caminho sem volta para a falência. É preciso internalizar que a empresa é um ente à parte e todo lucro vindo dela é, inicialmente, para ela. Caso tudo esteja quitado e ainda sobre algum dinheiro em caixa, esse, sim, é direcionado ao dono. >
Uma boa gestão de fluxo é feita com análise do que foi acertado e errado. Se importe em entender os caminhos que seu negócio fez durante a semana para continuar com o que deu certo e, principalmente, redirecionar o que se fez errado. >
Um ponto-chave para não se ver surpreendido no negócio é saber o que entra e o que sai, financeiramente, na empresa. Anote todas as entradas e saídas, organize uma planilha ou relatório sobre os produtos da empresa (principalmente os essenciais) e se programe, sempre, para saber o quanto de recursos o empreendimento possui em caixa. >
Um dos pilares da boa gestão financeira é compreender o comportamento do próprio negócio e do público que o sustenta. Cada produto ou serviço tem sazonalidades específicas — seja por períodos de alta demanda, mudanças de preço de insumos ou variações de consumo do cliente. >
Empresas que monitoram esses movimentos conseguem antecipar quedas no faturamento e planejar ações preventivas, como promoções, renegociação com fornecedores ou reforço em campanhas de venda — essa rotina oferece previsibilidade e permite ajustar o caixa antes que as oscilações se tornem um problema. >
Por Victor Santos >