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Donaldson Gomes
Publicado em 17 de novembro de 2025 às 17:34
O mês de novembro, quando ocorrem as ofertas da Black Friday, deve registrar um aumento médio de 3% nas vendas do varejo físico, de acordo com projeções da Fecomércio-BA. Para o cálculo, foram consideradas apenas as atividades que possuem alguma relação com o período. Caso a tendência se confirme, o resultado será muito positivo para o setor, uma vez que o crescimento ocorrerá sobre uma base forte: no ano passado, esse mesmo conjunto de setores apresentou um aumento médio de 5,7%. >
“Embora a data específica do evento seja 28 de novembro, o varejo costuma divulgar e realizar promoções desde o final de outubro, buscando aproveitar ao máximo o potencial do mês. Um ponto importante é que a data coincide com o fim do prazo para o pagamento da primeira parcela do 13º salário. Como a Bahia conta atualmente com mais vínculos formais do que no ano passado, o volume financeiro disponível para as famílias será maior, elevando o potencial de consumo no período”, destaca o presidente do Sistema Comércio BA, Kelsor Fernandes. >
Entre as atividades, os setores básicos de consumo devem se destacar, com farmácias e perfumarias apresentando crescimento estimado de 9,3%, e supermercados com alta anual de 4,7%. >
“O setor mais associado à data, o de eletrodomésticos e eletrônicos, tende a registrar aumento de 2,9%. Apesar de muitos consumidores estarem migrando para as compras online, o varejo físico mantém estratégias competitivas de preços e oferece a vantagem de o consumidor poder verificar o produto no ato e levá-lo imediatamente para casa, excetuando itens maiores, como televisores e aparelhos de ar-condicionado, que geralmente são entregues por transportadoras”, esclarece o consultor econômico Guilherme Dietze. >
Outra elevação esperada em novembro é no setor de vestuário, tecidos e calçados, com previsão de crescimento de 0,6%. >
No sentido oposto, a Fecomércio BA estima que o setor de móveis e decoração apresente recuo de 6% nas vendas do mês, enquanto o grupo “outras atividades” — que inclui lojas de artigos esportivos, joalherias, petshops, entre outros — deve ter queda de 3,1%.>