Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

De espanhol “avançado” a diploma de “Harvard”: os exageros mais comuns em currículos

Especialista aponta os riscos de “maquiar” experiências e revela dicas  para contar sua trajetória de maneira autêntica

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 15 de dezembro de 2025 às 17:36

Segundo uma pesquisa da consultoria DNA Outplacement revelou, 75% dos profissionais brasileiros admitem já ter dado uma
Segundo uma pesquisa da consultoria DNA Outplacement revelou, 75% dos profissionais brasileiros admitem já ter dado uma "incrementada" em seus currículos Crédito: Shutterstock

Na corrida por uma vaga de emprego, a linha entre se destacar e "aumentar" a realidade pode ficar tênue - principalmente na hora de se construir um currículo. Segundo uma pesquisa da consultoria DNA Outplacement revelou, 75% dos profissionais brasileiros admitem já ter dado uma "incrementada" em seus currículos. Mas será que vale a pena arriscar a credibilidade por causa desses exageros?

Gustavo Sèngés, Country Manager da HireRight no Brasil, líder global em soluções de verificação de histórico pessoal, explica que o fenômeno é mais comum do que imaginamos: "Encontramos desde pequenas 'licenças poéticas' até distorções significativas. O curioso é que muitos candidatos não percebem como essas informações são facilmente verificáveis hoje em dia e o impacto que esses exageros podem ter na hora da contratação".

Pensando nisso, Séngès lista os três exageros mais comuns nos currículos dos brasileiros. Confira a seguir:

O mais ou menos “fluente”

É comum encontrar profissionais que se autodeclaram como "espanhol avançado" ou "inglês fluente". Mas o que isso significa na prática? Muitas vezes, a fluência anunciada pode se traduzir em um conhecimento básico ou intermediário, suficiente para uma conversa descontraída, mas não para fechar um contrato internacional ou participar de reuniões técnicas.

Em vez de usar termos subjetivos como "avançado" ou "fluente", que tal ser específico? "Inglês intermediário para conversação comercial" ou "espanhol básico para atendimento" mostram autoconhecimento e demonstram honestidade. Séngès complementa: "A transparência sobre o real nível de idioma pode ser um diferencial positivo, demonstrando maturidade profissional".

De "assistente" a "coordenador" da noite para o dia

Se os idiomas já sofrem com exageros, a experiência profissional não fica atrás -passando por pequenos ajustes nas datas de emprego ou uma "atualização" no título do cargo. Um analista que se tornou "coordenador" no papel, ou um período de experiência que ganhou alguns meses a mais para parecer mais sólido - essas são algumas das liberdades criativas mais comuns.

Uma dica para não cometer esse exagero é focar nas realizações concretas em cada posição ao invés de inflar o título. Descreva projetos específicos que liderou ou metas que superou.

O famoso "quase formado em Harvard"

A tentação de usar o peso de instituições renomadas acaba levando alguns candidatos a listarem cursos online de curta duração como se fossem graduações ou pós-graduações completas.

“Já vimos de tudo. Candidatos que listam instituições de elite como se tivessem concluído uma graduação ou pós, quando na realidade fizeram um curso online de curta duração, sem vínculo formal com a universidade”, comenta Séngès . É a famosa “maquiagem educacional”, que usa o peso de um nome para abrir portas.

Para valorizar sua formação real, seja honesto sobre a natureza do curso, como por exemplo: colocar a "certificação em gestão de projetos pela Harvard online" em experiências complementares - agregando o valor do curso, mas sem prejudicar a credibilidade.

Afinal, qual o preço dos exageros?

Com os processos seletivos cada vez mais baseados em verificações - principalmente para altos cargos - as inconsistências podem ter consequências sérias. "A descoberta de informações falsas não significa apenas a perda da oportunidade atual, mas pode manchar a reputação profissional a longo prazo", alerta Séngès. Por isso, quem aposta na transparência e na própria história, sem precisar de ‘maquiagens’, constrói uma carreira de oportunidades e legitimidade.

Com assessoria

Tags:

Empregos