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Fundadora da Wakanda valoriza a crença pessoal para a manutenção do negócio

O primeiro desafio de Karine Oliveira foi unir a formação em serviço social com a perspectiva de empreender

  • Foto do(a) author(a) Carmen Vasconcelos
  • Carmen Vasconcelos

Publicado em 10 de março de 2021 às 23:38

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Iane Silva/Divulgação

“Deusa, tudo bem se você errar enquanto empreende. O problema não é errar porque todo empreendedor erra, o problema é não aprender com o erro!”. Assim, a idealizadora da Wakanda Educação Empreendedora ([email protected]), Karine Oliveira, 27 anos, fez questão de desmistificar a vida dos empreendedores e as compreensões sobre o processo de criar e manter um negócio, durante a realização da live Empregos e Soluções dessa quarta-feira (10), no perfil do Jornal Correio, no Instagram. Karine Oliveira conversou sobre os desafios de empreender e a importância de aprender com os erros (Foto:Reprodução) Durante a conversa com Flávia Paixão, Karine fez questão de lembrar que trabalhar com economia social sempre fez parte do seu cotidiano, mas compreender o universo da gestão empresarial foi uma tarefa desafiadora do ponto de vista profissional e pessoal, sobretudo, porque chegou a pensar que aquele universo repleto de termos chiques e estrangeiros não era para ela. 

Ela diz que o primeiro desafio foi unir a formação em serviço social com a perspectiva de empreender. “As pessoas diziam que isso não casaria e jamais daria certo. Eu, uma mulher negra e periférica, senti o peso da validação externa e isso mexeu com a auto-estima”, contou. 

Aprendizados familiares Apesar desse primeiro obstáculo, a jovem se firmou nos exemplos da mãe, na vivência das comunidades indígenas e quilombolas com as quais trabalhou e a crença daquele sonho.“Talvez por isso tanta gente desista no meio do caminho. Lidar com a validação externa é complicado e vai exigir que, antes disso, consigamos valorizar quem somos”, refletiu.A caminhada a fez resgatar o exemplo da mãe, que trabalhava como facilitadora com turmas formadas por pessoas de diversas idades e níveis de formação, e Karine percebeu que era possível falar sobre a mesma coisa de diferentes formas. “Queria criar uma metodologia que fosse minha cara e que servisse para falar com qualquer pessoa”, enfatizou, lembrando que a primeira vez que ouviu a palavra empreendedorismo foi em 2016.

Sem se deixar abater, Karine criou um coletivo chamado Oxente para trabalhar com reformas de roupas e foi estudar sobre a perspectiva de empreender. A sabedoria materna lhe mostrou que, quando não se tem dinheiro para investir, é preciso ter gente e ela se apoiou nos amigos e na rede que começava a se construir para alavancar os projetos. “Ninguém vence sozinho. A capa da Forbes, o cabelo, as roupas usadas em todos os eventos e participações foram frutos dessa rede de apoio onde as vitórias são compartilhadas”, enfatizou. 

Superações O apoio a fez prosseguir e a compreensão da necessidade de tornar o negócio sustentável, fez Karine buscar os recursos para dar continuidade aos seus planos de empreender com a chamada economia circular. “Eu sabia como captar recursos e percebi que também poderia fazer isso para mim, afinal, um negócio que não vende é só uma ideia”, enfatizou. Ao inscrever projetos, participar de concursos e editais, Karine precisou ouvir muitos ‘nãos’. O uso das roupas africanas, o cabelo black power, as gírias nem sempre foram encaradas como uma marca e ela precisou lidar com o sentimento de rejeição.  Karine disse que a autoestima é uma estratégia para se manter firme diante das adversidades (Foto: Reprodução)  Ela contou que a virada de chave aconteceu depois de assistir ao filme Wakanda e querer aquela perspectiva para a própria vida. A concretização disso veio na realização de um evento durante o movimento Julho das Pretas, quando conseguiu encher uma sala com mulheres microempreendedoras sedentas em aprender e que não julgaram as roupas, o cabelo ou a idade. “Depois desse evento, identifiquei os erros, o público, continuei errando e acertando, mas continuei e tive apoios importantes nessa caminhada e por isso estou aqui”, disse. 

Karine fez questão de enfatizar que a participação no reality Shark Tank Brasil (Sony) e toda a visibilidade alcançada mostrou que foi importante não ter desistido.“Nunca parem de lutar porque inovar não é fazer um carro voador, mas oferecer soluções diferentes para problemas conhecidos”, pontuou. Antes de concluir a participação, ela fez questão de pontuar a importância da Wakanda ser concretizada em Salvador, quebrando a cultura de só valorizar o que vem de fora. “É preciso que os empreendedores desejem não apenas a sobrevivência, mas queiram ardentemente que o negócio cresça, prospere, mesmo que o externo não acredite no seu sonho”, finalizou.

Vale salientar que a live Empregos e Soluções é realizada todas as quartas-feiras, sempre ás 18 horas, no perfil do Jornal Correio, no Instagram, e que, durante esse mês, as mulheres empreendedoras serão as convidadas para falarem sobre suas experiências no mundo dos negócios.