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Estudantes promovem empreendedorismo em Liga Universitária

Felippe Pamponet vê a Liga como uma forma de melhorar a própria cidade

Publicado em 12 de novembro de 2015 às 06:27

 - Atualizado há 2 anos

Com apenas 20 anos de idade e cursando o 4º semestre do curso de Engenharia Civil na Universidade Federal da Bahia (Ufba), o estudante Felippe Pamponet já assumiu a responsabilidade de organizar um grande evento: o seminário do projeto Heróis Soteropolitanos, que aconteceu ontem em Salvador e discutiu o empreendedorismo social na capital e as ideias vindas de outras cidades do país.

O seminário que teve Felippe como um dos líderes é apenas um dos projetos desenvolvidos pela Liga Universitária de Empreendedorismo (LUE) de Salvador. O grupo, incubado pela ONG Fundação Educar, que organiza ligas universitárias desde 2013, já reúne estudantes de diversos cursos e também de faculdades particulares da capital.Liga Universitária de Empreendedorismo já possui 46 universitários membros em faculdades de Salvador (Foto: Divulgação)A meta de “mudar a vida das pessoas”, não é nem um pouco fácil. Mas os estudantes já se sentem estimulados a cada passo dado. O presidente da Liga, o administrador Augusto Frazão, 23, conta que o projeto foi endossado pela Faculdade de Administração da Universidade Federal da Bahia (Ufba). “A ideia sempre foi preencher uma lacuna da universidade, que te forma tecnicamente, mas não te dá as ferramentas para empreender”.

Felippe Pamponet vê a Liga como uma forma de melhorar a própria cidade. “O objetivo é pensar o empreendedorismo social e de propósito e estimular uma Salvador mais empreendedora. Eu acho que Salvador está melhorando, vejo diversos eventos de empreendedorismo, muita gente incentivando e falando que é importante e até que é uma solução para a atual crise. Está realmente entrando na cabeça das pessoas”, diz.

A Liga já conta com 46 estudantes membros, que trabalham remotamente, mas que se reúnem uma vez por semana. Este ano, a meta do grupo é realizar 28 eventos - mais de 20 já aconteceram. O trabalho do grupo já gerou impacto em 25 negócios diferentes. Ao todo, são 1.233 pessoas impactadas pelos projetos desenvolvidos.

Eles integram turmas de diversos cursos, e não apenas de Administração: segundo dados divulgados pela LUE, 28% são alunos de Engenharia, 28% de Administração, 15% de Publicidade e Propaganda, 10% de Design, 2% de Direito e outros 17% distribuídos em outras carreiras.

“Nós temos eventos para pessoas que já sabem um pouco mais sobre empreendedorismo e que querem abrir um negócio, mas não sabem exatamente como, e também para pessoas que não sabem nada do assunto, mas que querem despertar aquela semente”, explica o estudante.Ao todo, a Liga Universitária desenvolve nove projetos, chamados Realize, Tô Sabendo, Café Empreendedor, Alavanque, Se Liga na Aula, Heróis Soteropolitanos, Despertar, Protagonize, LUExperience e Fórum de Engenharia e Empreendedorismo (Feemp).

Um dos projetos mais interessantes é o Café Empreendedor. Ele acontece a cada dois meses sobre temas e cursos diferentes. O objetivo é mostrar que é possível empreender em qualquer área. A última edição aconteceu na Faculdade Bahiana de Medicina e Saúde Pública e levou exemplos de empreendedorismo na Medicina para os futuros profissionais da área.

Ligas Universitárias não são exclusividade da Bahia. Pelo contrário, elas são muito comuns nos Estados Unidos e em alguns países da Europa como uma forma de aprimorar os conhecimentos dos estudantes de nível superior.

Na Bahia, além da Liga Universitária formada na Ufba, há outro projeto parecido na Faculdade Arnaldo Horácio Ferreira (Faahf), na cidade de Luis Eduardo Magalhães, no Extremo-Oeste da Bahia. Lá, o projeto é voltado para o empreendedorismo na área de Engenharia de Produção.

Um levantamento publicado pelo Instituto Ibmec  mostrou que há empreendedores universitários em sete estados brasileiros: São Paulo, Minas Gerais, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Bahia e Amazonas. A maioria das ligas tem entre cinco e dez membros, mas também há muitas com mais de 20 - como a LUE. A maior parte é formada apenas por alunos.