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Exportações do agro baiano aos EUA somam R$ 302 milhões em junho, antes da nova tarifa

Produtos oriundos do campo representam mais de 80% das vendas ao mercado norte-americano

  • Foto do(a) author(a) Donaldson Gomes
  • Donaldson Gomes

Publicado em 30 de julho de 2025 às 15:21

Estados Unidos são importante destino de exportações baianas Crédito: Divulgação 

A Bahia exportou mais de R$ 302 milhões em produtos agropecuários para os Estados Unidos em junho de 2025, de acordo com o novo relatório da Assessoria Econômica do Sistema Faeb/Senar. O número reforça a importância do mercado norte-americano para o agro baiano, justamente em um momento de taxação iminente de 50% sobre importações de produtos brasileiros, anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump. A tarifação anunciada atingirá diversos setores, incluindo o agro baiano.

A medida, anunciada oficialmente por meio de uma carta endereçada à presidência da república, está prevista para entrar em vigor a partir do dia 01 de agosto. Na Bahia, a tarifa gera apreensão no setor produtivo, especialmente nas cadeias da silvicultura, cacauicultura e fruticultura em geral, uma vez que a celulose, os derivados de cacau (manteiga, gordura e óleo) e os sucos de frutas lideram a pauta baiana de embarques para os EUA.

Importante parceiro

Segundo o relatório da Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb), os EUA são o segundo maior parceiro comercial do setor, consolidado como um dos principais destinos das exportações do agro baiano em junho, atrás apenas da China. O valor total superior a US$ 55 milhões representa uma fatia importante das vendas externas do setor, que somaram US$ 491,5 milhões no mês.

Além de movimentar a balança comercial, os segmentos exportadores têm peso relevante na geração de emprego e renda nas regiões produtoras, especialmente no sul, extremo sul e no Vale do São Francisco.

Em coletiva de imprensa realizada na última segunda-feira (28), o presidente da Faeb, Humberto Miranda, destacou que é preciso focar em resolver primeiramente os reflexos nas culturas que serão mais afetadas, a exemplo da fruticultura. “O EUA é o nosso maior comprador de manga do Vale do São Francisco, o que tem gerado uma insegurança muito grande no produtor e na sociedade, porque isso vai gerar consequência para todos. Isso vai gerar desemprego, endividamento, problema de crédito, e inflação” afirmou Miranda.

A exportação dos derivados do cacau também vai sofrer reflexos com o “tarifaço de Trump” – como vem sendo chamado. O produtor rural e diretor da Faeb, Guilherme Moura, alerta que a nova tarifa pode alterar todo processo de produção e distribuição da manteiga do cacau, entre outros derivados. “A Bahia é uma grande produtora de derivados de cacau. As três maiores fábricas processadoras de manteiga de cacau, por exemplo, estão instaladas em Ilheus, onde boa parte de toda manteiga é processada. O mercado americano absorve boa parte desse produto, sendo o nosso principal destino. Essa situação pode fazer com que toda a cadeia produtiva seja desorganizada.”