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Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2018 às 11:54
- Atualizado há 2 anos
Foi por estar cursando uma pós-graduação em UTI Neonatal e Pediátrica na Faculdade de Tecnologia e Ciência (FTC) que a enfermeira Jéssica Muniz, 28 anos, conseguiu o primeiro emprego na área que sempre quis atuar: pediatria. “Estava na seleção de emprego para trabalhar no centro-cirúrgico do Hospital Roberto Santos, mas quando os gestores viram que eu estava cursando uma pós em outra área, perguntaram se eu tinha interesse em já ir para o setor da nova formação. Eles me deram esta oportunidade”, relembra Jéssica Muniz.>
Após um ano, além de gratidão por se sentir realizada diariamente pelo que faz, Jéssica já pensa em uma segunda especialização para contribuir ainda mais com o setor onde atua. “Recebemos muitas crianças com câncer em tratamento e, por conta dessa convivência e crescente demanda, quero me especializar em oncologia pediátrica”, conta.>
Assim como Jéssica, muitos profissionais enxergam no atual emprego uma oportunidade de crescimento. O mais recomendado nestes casos, segundo especialistas, é mesmo buscar por uma especialização que preencha alguma lacuna da empresa e da própria formação. Sempre é tempo de especializar, mas o ideal é que o profissional faça uma pós quando tiver três anos na empresa. “A pós-graduação pode ser meio para se alcançar a promoção na carreira/mudança de cargo. Pode ser também mecanismo para provocar aumento de remuneração, bem como fator para a pessoa mudar de área”, explica Antonio Ribas, coordenador da pós-graduação da Faculdade de Gestão e Negócios (FGN).>
Apoio Vale ter uma conversa franca com o gestor sobre a vontade de buscar uma nova especialização? “Caso a pessoa tenha interesse em continuar na organização, é bom dialogar com o gestor. Contudo, a conversa tida não deve ser uma condição para definição da formação. Depende muito dos interesses do profissional”, esclarece Antonio Ribas.>
Não há uma fórmula de como envolver a empresa nesta decisão, mas Ribas assegura que “indicar e demonstrar a formação é importante para o empregado e para o empregador. Assim, as tarefas podem ser disponibilizadas de acordo com o estado atual da formação”.>
Luana Reis, coordenadora de pós-graduação da UNIRB, concorda. “O melhor caminho é o funcionário mostrar para o seu chefe os benefícios dessa especialização para a empresa. Mostra que é importante para sua atuação”.>
Empregador pode ajudar a custear a pós A falta de dinheiro nem sempre é um empecilho para se especializar. A empresa pode, também, contribuir para a formação com programas de incentivo ao estudo. “Sempre é importante procurar o setor de RH para saber de bolsas de estudos, identificar parceiros, cursos”, aconselha Antônio Ribas, coordenador da pós-graduação da FGN.>
E mesmo que não haja uma política institucionalizada para este tipo de apoio, é possível conseguir algum meio de financiamento após uma boa conversa. Neste caso, é interessante já apresentar a proposta para a empresa e falar qual é a real intenção com o curso que quer fazer. “Isso demonstra que não é um profissional acomodado. O que precisa ser feito é mostrar a importância do curso para o profissional e para a empresa, principalmente quando se fala em resultados. Se o resultado para a empresa for positivo, ela geralmente tem interesse em apoiar o funcionário”, indica Luana Reis, coordenadora de pós-graduação da UNIRB.>
A formação disponibilizada não significa, no entanto, que o profissional vai continuar na empresa e nem que será promovido. “É importante a organização deixar transparente quais são as regras para a concessão da bolsa, a manutenção, bem como após o fim do curso. Essa segurança jurídica permite uma relação mais segura para o empregador e o colaborador”, sinaliza Antonio Ribas. A pós-graduação deve ser vista como um investimento na formação profissional.>
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