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Da Redação
Publicado em 15 de novembro de 2010 às 10:20
- Atualizado há 2 anos
Franco Fuchs e Priscila Chammas | Redação CORREIO>
O primeiro dia de provas do vestibular da Universidade Federal da Bahia (Ufba) ocorreu ontem, com um índice de abstenção de 8,8% dos candidatos. O percentual é superior ao do ano passado, quando 6,5% dos inscritos faltaram ao primeiro dia de provas. >
No total, 3.465 dos 39.266 estudantes que se inscreveram não apareceram para o processo seletivo. Dos faltosos, 2.603 foram em Salvador e 862 no interior do estado.>
O gabarito das questões, de Português e Ciências Naturais, foi divulgado no final da tarde de ontem (confira ao lado). Hoje, os candidatos farão avaliações de Matemática, Ciências Humanas e Língua Estrangeira. >
Inspiração Com a subida do Bahia para a primeira divisão, não faltaram candidatos vestidos com a camisa do tricolor. Um deles, Alexandre Roriz, 17 anos, aguardava a entrada na sala, no campus da Escola Politécnica da Ufba, relembrando tanto as regras gramaticais quanto os dois gols de Adriano Michael Jackson na noite anterior. Candidatos na abertura dos portões da Escola Politécnica da Ufba: 8,8% de abstenção>
Já o vestibulando de Engenharia Civil Victor Feitosa, 19, apesar de ser torcedor do Vitória, revelou que torceu muito pelo Bahia no sábado. “Justamente para os meus concorrentes ficarem bêbados e chegarem de ressaca na prova!”, explicou, depois de recitar uma oração para Nossa Senhora da Boa Prova: “Dai-me um bom chute e deixai meu concorrente com caganeira”, brincou.>
Deficiente visual protesta contra provaA deficiente visual Priscila Isabel Dantas, 24, reclamou do tratamento recebido pela organização do vestibular. Ela faz as provas no Colégio Manoel Novaes, no Canela, e em vez da prova em braile preferiu solicitar um ledor e transcritor (para ler as questões e passar as respostas para o papel). >
“Mas fiquei numa sala com outros seis candidatos com deficiência. A maioria era de deficientes auditivos, mas uma era visual e poderia ouvir tudo o que eu falava”, contou. Priscila protestou, mas não conseguiu fazer a prova numa sala separada. Ela contou que, na mesma sala, uma candidata surda havia solicitado alguém para traduzir sua prova para a língua de sinais, mas não foi atendida.>
A coordenadora do vestibular da Ufba, Antônia Caló, disse que iria apurar as denúncias, mas ressaltou a dificuldade de disponibilizar uma sala para cada candidato com deficiência.>
Candidatos erram local e perdem provaO barulho do cadeado fechando o portão de um local de prova é o apito inicial desse jogo chamado vestibular. Ontem, primeiro dia do vestibular da Ufba, repetiram-se as cenas de desespero de candidatos que perderam a hora. Marcius Gomes, 35 anos, e Leiliane Aragão, 19, deveriam fazer provas no Pavilhão de Aulas Thales de Azevedo, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, em São Lázaro, mas acabaram se dirigindo para a Escola Politécnica da Ufba, próximo dali. >
Resultado: quando finalmente souberam que estavam no lugar errado, não conseguiram chegar antes do fechamento do portão. “Estou revoltado e me sinto lesado”, desabafou Marcius. O local de prova está no cartão de inscrição dos candidatos.>