Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Portal Edicase
Publicado em 28 de outubro de 2025 às 19:44
O estudo da geopolítica exige que o aluno saiba analisar como países e regiões interagem, considerando poder, economia e cultura. Para os estudantes que se preparam para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), compreender essas relações ajuda a interpretar conflitos internacionais, acordos comerciais e movimentos sociais, tornando mais clara a leitura de mapas, gráficos e textos. >
“Para 2025, o Enem deve manter o foco em mudanças climáticas, transição energética e migrações forçadas — temas com forte impacto no Brasil e relevância global”, afirma Camila Feitosa, coordenadora de História do Elite Rede de Ensino. Segundo ela, conflitos como a guerra na Ucrânia e as tensões no Oriente Médio podem aparecer como ponto de partida para discutir disputa por recursos, energia e soberania, e não como atualidades isoladas. >
A coordenadora de Geografia, Juliana Przybysz, aponta que a prova deve enfatizar questões ligadas à Ásia, como no Oriente Médio e na região da Caxemira, acordos internacionais e mudanças climáticas. “Podemos esperar um foco maior nos acordos entre o Mercosul e a União Europeia, na discussão sobre a fragilidade dos Estados Unidos e nas tensões que envolvem potências como Irã, Israel e Índia. O Enem costuma cobrar a capacidade de relacionar fatos históricos com o cenário geopolítico atual”, explica. >
Juliana Przybysz também destaca o avanço tecnológico como tema central da geopolítica contemporânea, com impacto direto no Enem. “As disputas entre EUA e China por inteligência artificial e domínio das terras raras — insumos essenciais para a indústria 4.0 — têm grande chance de aparecer. O Brasil também ganha destaque por possuir a segunda maior reserva mundial desses elementos estratégicos”, observa. >
Além das relações internacionais, o papel do Brasil como potência regional e líder ambiental deve ser valorizado. A COP30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025) em Belém, a diplomacia Sul-Sul e a integração latino-americana estão entre as apostas. “O Enem cobra análise, não memorização. O candidato precisa compreender as causas e as consequências dos fenômenos e o papel do país nesse contexto”, completa a coordenadora de História. >
Para estudar de forma eficiente, Juliana Przybysz recomenda priorizar cartografia, mapas e gráficos, já que o exame valoriza a interpretação visual. “[…] O estudante precisa saber ler e interpretar mapas e compreender as relações espaciais. Além disso, é importante acompanhar podcasts como ‘Xadrez Verbal’ e ‘África em Pauta’, e ler veículos internacionais como The Guardian , New York Times e Al Jazeera “, orienta. >
Entre os erros mais comuns, as especialistas citam a falta de acompanhamento dos cenários atuais e o uso de fontes pouco confiáveis. “A geopolítica exige atualização e entendimento histórico. A dica é estudar os temas por continente, compreendendo as relações entre poder, território, economia e globalização”, reforça a coordenadora de Geografia. >
E qual seria a dica de ouro? “Enxergue além da notícia. Cada questão pede que o estudante relacione causa, consequência e impacto global. Essa leitura crítica é o que garante segurança na hora da prova”, conclui Camila Feitosa. >
Abaixo, as especialistas listam os temas com maior chance de aparecer nas questões de geopolítica do Enem: >
Por Aline Pontes >