Argentino suspeito de matar baiana está proibido de falar com familiares da jovem

Emmily Rodrigues morreu após cair de um prédio em Buenos Aires

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  • Da Redação

Publicado em 21 de abril de 2023 às 08:50

- Atualizado há um ano

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O empresário argentino Francisco Sáenz Valiente, solto depois de pagar fiança após ficar preso por suspeita de envolvimento na morte da baiana Emmily Rodrigues, 26 anos, no final de março, não poderá abordar familiares da vítima, nem testemunhas do caso, segundo o jornal argentino Clarín.

Francisco deverá manter uma distância de pelo menos 500 metros de qualquer uma das testemunhas, entre elas as outras três mulheres que estiveram no apartamento na noite da morte da baiana, caso contrário poderá ser preso. Ele também não poderá deixar o país e terá de comparecer à Justiça a cada 15 dias.

A baiana morreu após cair de um prédio em Buenos Aires. O investigado foi preso no mesmo dia da morte da jovem, suspeito de homicídio. 

Francisco alega que a queda foi acidental após o que teria sido, de acordo com ele, um surto psicótico de Emmily. Ela teria consumido drogas alucinógenas.

A família da jovem, entretanto, diz que a baiana não usava entorpecentes e que, a partir de áudios obtidos pela polícia, ela gritou por ajuda pouco antes da queda.

"Estão tentando difamar ela de todas as formas aqui em Buenos Aires. Como a família dele é de advogados de um jornal bem famoso daqui de Buenos Aires, então eles estão comprando as mídias. Estão tentando difamar ela de todas as formas. Está sendo horrível, aqui está horrível", acusou a estudante Manoelle Assunção, amiga de Emmily, em conversa ao g1.

A amiga, que também mora em Buenos Aires, revelou que tentou reconhecer o corpo da jovem, mas as autoridades não permitiram porque não tinha grau de parentesco. 

"Eu fiquei sabendo [da morte] pela família dela, que entrou em contato comigo. Eles me avisaram e pediram para eu tentar reconhecer o corpo. Só que eu cheguei lá no IML [Instituto Médico Legal] e eles não me liberaram, porque eu não tinha ligação familiar. Fui na delegacia para tentar pegar uma autorização, mas eles também não liberaram. Aí a gente teve que esperar os pais delas chegarem", disse à reportagem..

Os pais de Emilly foram para a Argentina para saber quando o corpo será liberado para o Brasil. O sepultamento poderá ocorrer em Salvador.

A imprensa argentina conversou com vizinhos de Francisco, que alegaram ouvir muitas festas no apartamento de luxo do suspeito. 

Nesta quinta-feira, detetives da Delegacia de Homicídios fizeram buscas na casa onde vivia Emilly, mas nada que “chamasse atenção” foi encontrado.  

Também dizem que vizinhos teriam ouvido a jovem desesperada pedindo socorro antes de cair no pátio interno do prédio.