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Agência Correio
Publicado em 23 de julho de 2025 às 06:27
Uma nova pesquisa acende o alerta: o uso indiscriminado de antibióticos está fortalecendo bactérias, tornando-as mais perigosas e letais. Um estudo publicado na revista The Lancet projeta um aumento drástico nas mortes causadas por esses microrganismos em todo o planeta, impactando principalmente a América Latina e Caribe. >
A colaboração global de pesquisadores, conhecida como GBD - Antimicrobial Resistance Collaborators, monitorou a resistência a antibióticos e outros medicamentos por mais de 30 anos. Seus achados traçam um panorama sombrio para o futuro da saúde pública.>
Com base na análise de internações, vendas de antibióticos e perfis de resistência de 22 espécies bacterianas, a estimativa é assustadora. Estamos diante de uma corrida contra o tempo para combater uma ameaça invisível que pode custar milhões de vidas.>
Antibióticos - medicamentos para bactérias super-resistentes
A projeção para 2050 indica 1,91 milhão de óbitos anuais devido a doenças bacterianas, um crescimento de quase 70% em relação a 1990. Um dos fatores cruciais para essa escalada é o envelhecimento da população, com mais pessoas idosas, que são mais vulneráveis a infecções e complicações crônicas.>
O estudo publicado na The Lancet apresenta cenários distintos para o controle da resistência bacteriana. Um deles sugere que, sem mudanças significativas, a tendência de mortes continuará a crescer, conforme as projeções iniciais, com cerca de 1,91 milhão de mortes anuais por essa causa. O momento exige medidas preventivas e soluções inovadoras.>
Felizmente, outros cenários oferecem esperança. O desenvolvimento de novos medicamentos e o aumento da vacinação podem ser chaves para salvar vidas. O mais otimista deles aponta que a adoção de medidas preventivas e o uso consciente de antibióticos poderiam poupar 92 milhões de vidas.>