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Da Redação
Publicado em 27 de abril de 2023 às 10:11
- Atualizado há 2 anos
O caso de Thiago Brennand tomou novos rumos nesta semana. Duas delegadas que atuaram em casos envolvendo o empresário, são investigadas por serem suspeitas de favorecer o herdeiro.>
A delegada Nuris Pegoretti, de Porto Feliz, em São Paulo, atuou nas investigações relacionadas a uma denúncia de uma atriz que afirma ter sido mantida em cárcere privado na casa de Brennand, em um condomínio de luxo no interior paulista, em 2021.>
A mulher, segundo o jornal O Globo, sofreu agressões, teve vídeo íntimo divulgado sem autorização e ainda teve de fazer uma tatuagem obrigatória na costela com as iniciais de Thiago Brennand. >
A delegada, entretanto, recomentou que o caso fosse arquivado após o inquérito ter sido concluído em junho do ano passado. Em contrapartida, uma nova investigação foi feita, desta vez, contra a mulher que acusava Brennand, por crime de denúncia caluniosa. Pegoretti alegou que o empresário é faixa preta de jiu jitsu e que “não se encontrou qualquer registro de violência relevante em sua vida”, além de acusar a vítima de sempre acusar "namorados de crimes sexuais".>
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) moveu uma ação contra a delegada em dezembro do ano passado, sobre possível crime de corrupção durante a condução do caso. >
Já a outra delegada, Maria Aparecida Corsato, de Campo Belo, também em São Paulo, teria aberto um inquérito colocando Brennand como uma suposta vítima do caso de uma prostituta e um ex-amigo que estavam espalhando informações falsas a seu respeito.>
A promotora Daniela Moysés da Silveira recomentou que o inquérito fosse arquivado, considerando que Thiago apresentou "situação totalmente forçada". Duas semanas depois, a delegada enviou à Justiça uma representação de dez páginas pedindo que o inquérito fosse desarquivado, alegando que tinha provas suficientes para sustentar a investigação de crime contra a honra de Brennand. >
"Não houve nenhum favorecimento ao Thiago Brennand nos inquéritos que presidi. Ele foi tratado como qualquer outra pessoa, as investigações que o envolveram tiveram o mesmo tratamento que as outras duzentas que tenho em meu cartório. Tudo foi feito de acordo com o previsto no Código Penal e no Código de Processo Penal. Não é incomum o delegado de polícia pedir desarquivamento de uma investigação", afirma a delegada.>
A Polícia Civil de São Paulo informou que há processos administrativos contra as delegadas e os procedimentos estão tramitando sob sigilo na corregedoria. >