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Cinco toxinas naturais escondidas que você pode estar comendo sem saber

Substâncias presentes em frutas e legumes podem ser tóxicas em grandes quantidades, mas o risco é baixo quando a alimentação é equilibrada

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 11 de julho de 2025 às 16:00

Esses compostos tóxicos não são adicionados artificialmente, surgem naturalmente na planta como defesa contra pragas
Esses compostos tóxicos não são adicionados artificialmente, surgem naturalmente na planta como defesa contra pragas Crédito: Freepik

Verduras, legumes e frutas são essenciais para a saúde, isso todo mundo sabe. Mas o que pouca gente imagina é que alguns desses alimentos também carregam substâncias tóxicas naturais. Elas não são adicionadas por ninguém: fazem parte da própria defesa da planta contra insetos, fungos e condições ambientais.

O problema só aparece mesmo quando há exagero. Segundo especialistas, o risco está na dose: a maioria das pessoas jamais chegaria a consumir as quantidades necessárias para causar intoxicação. Ainda assim, conhecer essas substâncias ajuda a evitar abusos e a preparar os alimentos da melhor forma. Veja cinco compostos naturais com potencial tóxico:

1. Glicosídeos cianogênicos

Sementes de frutas como maçã, pêssego, ameixa e cereja contêm glicosídeos cianogênicos, que podem liberar cianeto, um veneno potente, quando metabolizados em grandes quantidades.

Os sintomas de intoxicação incluem dor de cabeça, náuseas, vômitos e até dificuldade para respirar. Mas calma: para que isso aconteça, seria preciso mastigar e engolir dezenas de sementes de uma vez. Como ninguém faz isso normalmente, o risco é mínimo.

2. Glicoalcaloides (solanina)

Esses compostos estão presentes em batatas (especialmente quando esverdeadas), tomates e berinjelas. Em doses altas, podem provocar dor abdominal, náusea, vômito e, em casos extremos, alucinações.

Apesar disso, é quase impossível consumir a quantidade necessária para causar uma intoxicação. Seriam necessárias cerca de 70 batatas verdes cruas de uma só vez. O ideal é evitar batatas com partes esverdeadas e manter uma alimentação variada.

3. Lectinas

Lectinas são proteínas presentes em feijão, lentilha, grão-de-bico e soja. Em excesso e mal cozidas, podem causar desconforto intestinal, inchaço, dores abdominais e até agravar quadros de síndrome do intestino irritável.

Mas a solução é simples: cozinhar bem os grãos antes de consumir. Esse processo destrói grande parte das lectinas e deixa os alimentos seguros para o consumo.

Bananas tendem a escurecer por fora e a ficar com a polpa pastosa por Divulgação

4. Nitratos

Verduras como espinafre, alface, beterraba, aipo, salsa e cenoura podem conter níveis elevados de nitrato, principalmente se cultivadas com excesso de fertilizantes ou irrigadas com água contaminada.

Embora os nitratos ajudem na circulação e na saúde cardiovascular, em excesso podem interferir no transporte de oxigênio no sangue e aumentar o risco de pressão alta. O alerta maior vale para crianças pequenas e gestantes.

5. Cumarina

A cumarina aparece em pequenas doses em alimentos como canela, aipo, salsa e frutas cítricas. O consumo excessivo, porém, pode sobrecarregar o fígado e interferir na coagulação sanguínea.

Mas não precisa riscar esses alimentos do cardápio. A cumarina só representa risco quando há exagero frequente. Usar esses ingredientes com moderação é mais do que suficiente para manter a saúde em dia.

Como se proteger sem paranoia

Na prática, o risco de intoxicação por vegetais é extremamente baixo, principalmente quando a alimentação é equilibrada. Mas algumas dicas ajudam a reduzir ainda mais as chances de problemas:

  • Evite comer sementes de frutas como maçã e pêssego.
  • Descarte partes verdes de batatas.
  • Cozinhe bem os grãos antes de consumir.
  • Varie seu cardápio, sem exagerar no consumo de um único tipo de vegetal.
  • Redobre a atenção com verduras ricas em nitrato, especialmente em crianças pequenas.