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Conheça esse paraíso rústico e escondido no litoral de São Paulo

Descubra como chegar, o que fazer e por que vale a pena visitar esse tesouro no extremo sul de São Paulo

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 9 de agosto de 2025 às 14:00

Entre trilhas, golfinhos e praias intocadas, a Ilha do Cardoso é um refúgio para quem quer fugir da rotina
Entre trilhas, golfinhos e praias intocadas, a Ilha do Cardoso é um refúgio para quem quer fugir da rotina Crédito: Wikimedia Commons

Praias desertas, trilhas em meio à Mata Atlântica, ruínas coloniais e até golfinhos acompanhando a travessia. A Ilha do Cardoso, no extremo sul de São Paulo, é um destino ideal para quem busca se desconectar da rotina e se reconectar com a natureza.

Com acesso por Cananeia, o local preserva a rusticidade e encanta pela biodiversidade, pelas paisagens selvagens e pelo modo de vida simples dos moradores.

Ilha do Cardoso, paraíso escondido por Divulgação

A Ilha do Cardoso pode ser o cenário perfeito para quem quer desacelerar e viver dias fora do tempo. Sem carros, com sinal de celular quase inexistente e energia elétrica limitada, o local convida à contemplação — e oferece experiências únicas em meio à natureza.

Como chegar à Ilha do Cardoso

O ponto de partida para essa aventura é Cananeia, a 261 quilômetros de São Paulo. O acesso principal se dá pela rodovia Régis Bittencourt (BR-116), e também há a opção de ônibus direto com a empresa Intersul, saindo do Terminal Barra Funda.

Antes de embarcar rumo à ilha, vale reservar um tempo para explorar Cananeia, que disputa com São Vicente o título de povoado mais antigo do Brasil. Fundada, ou pelo menos descoberta, em 1502 pela expedição de Américo Vespúcio, a cidade guarda um centro histórico charmoso e uma forte tradição na produção de ostras — especialmente saborosas por crescerem em águas salobras.

Um mergulho na história (e nas ostras)

O casario colonial e a Igreja de São João Batista, de 1577, dão o tom bucólico de Cananeia. Para os apreciadores de frutos do mar, é quase obrigatório experimentar as ostras gratinadas no restaurante Naguissa ou no Ponto das Ostras. Depois, é hora de seguir para o píer e deixar o carro estacionado na cidade — na Ilha do Cardoso, veículos não são permitidos.

Travessia com golfinhos e botos

A travessia até a ilha é um espetáculo à parte. Dá para ir de lancha (cerca de R$ 250 para até quatro pessoas) ou pela balsa da Dersa (em média R$ 35 por pessoa), que leva cerca de 3 horas. Com sorte, golfinhos e botos podem acompanhar o trajeto, enquanto garças e outras aves completam o cenário.

Mesmo se não der para vê-los durante a travessia, há passeios com barqueiros locais para observar esses animais nas águas calmas da região de Itacuruçá.

Natureza preservada e turismo sustentável

Cerca de 90% da Ilha do Cardoso está dentro do Parque Estadual criado em 1962, uma das áreas mais preservadas de Mata Atlântica do país. São mais de 15 mil hectares de manguezais, restingas, trilhas, praias selvagens e até sítios arqueológicos.

Além das trilhas, como a que leva à cachoeira Grande, o local abriga mais de 100 espécies de orquídeas e uma rica fauna que inclui aves, répteis e mamíferos. A energia elétrica é limitada, e a internet praticamente não existe — o que torna a experiência ainda mais autêntica.

Uma vida simples e conectada com a terra

Com menos de 600 moradores, a ilha é habitada por pescadores, pesquisadores e indígenas da etnia guarani. O modo de vida é simples e gira em torno da pesca artesanal e, mais recentemente, do ecoturismo.

A ilha ganhou seu nome por conta de antigos moradores da família Cardoso, mas hoje é patrimônio coletivo de quem valoriza a tranquilidade, a biodiversidade e o turismo de baixo impacto.