Acesse sua conta
Ainda não é assinante?
Ao continuar, você concorda com a nossa Política de Privacidade
ou
Entre com o Google
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Recuperar senha
Preencha o campo abaixo com seu email.

Já tem uma conta? Entre
Alterar senha
Preencha os campos abaixo, e clique em "Confirma alteração" para confirmar a mudança.
Dados não encontrados!
Você ainda não é nosso assinante!
Mas é facil resolver isso, clique abaixo e veja como fazer parte da comunidade Correio *
ASSINE

Criada no Lobato, Formiga conta que já enfrentou homofobia dentro de clubes

Jogadora desabafou sobre vivência e carreira

  • D
  • Da Redação

Publicado em 4 de maio de 2023 às 11:34

 - Atualizado há 2 anos

. Crédito: Reprodução / CBF

Uma das maiores jogadoras do futebol feminino, Formiga, já passou por poucas e boas no bairro do Lobato, em Salvador. Natural da capital baiana, a atleta conseguiu reconhecimento ao longo do tempo, mesmo com diversos preconceitos.

Em conversa com o UOL, ela revelou que foi difícil entender que é uma mulher lésbica, principalmente porque vivia sendo tratada com violência dentro de casa, com os pais que são seguidores da religião Testemunha de Jeová. 

Para os dirigentes dos clubes por onde passou, ela enfrentou o preconceito e debochou como forma de protesto. 

"Quando o presidente [de clube] dizia que os jogadores tinham que deixar o cabelo crescer, eu ia lá e raspava a minha na máquina um. Ouvi o presidente dizendo que 'se tiver sapatão aqui, não vai jogar'. E engolia tudo aquilo a seco pela minha mãe", disse.

Com o tempo, Formiga descobriu que sempre foi respeitada pela mãe, e que a figura materna já sabia que a filha seria uma mulher lésbica desde pequena. Com o acolhimento familiar, a jogadora conseguiu conquistar não só o carinho de outras pessoas, mas também do mundo. 

"Antes, minha resposta à homofobia era a porrada . Hoje mando beijinho. Se continuar, vai preso, porque agora é assim. Digo que encontrei Jesus. Mais precisamente Érica Jesus", comentou.

Além da homofobia, a jogador também já sofreu preconceito por ser uma mulher preta e nordestina. Desde a infância, a atleta sente na pele a sociedade ignorando sua existência e cita o preconceito sofrido pelo colega de profissão, Vini Júnior. 

"Eu nunca estudei sobre racismo. Eu vivo o racismo. Por causa dele, não escolhi ser antirracista. É uma obrigação. Quando o Vini Junior sofre racismo, dói em mim. Quando minha companheira de tempo Neném sofreu racismo, doeu em mim. E quando eu fui a vítima, com certeza doeu em tantos outros pretos que conheceram da minha história", finalizou.