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Agência Correio
Publicado em 26 de agosto de 2025 às 13:23
Com o passar dos anos, tarefas simples como levantar da cadeira, subir degraus ou até caminhar podem parecer mais complicadas. >
O envelhecimento traz naturalmente perda de mobilidade, mas isso não significa que não haja formas de agir para manter a independência e diminuir a rigidez.>
Idosos devem praticar atividades físicas para evitar perda muscular; academia ajuda
Segundo especialistas ouvidos pelo jornal Toronto Star, cultivar bons hábitos faz diferença significativa. A professora assistente Naomi Steenhof, da Universidade de Toronto, reforça que mobilidade é fator-chave para autonomia:>
“Para muitos adultos e idosos, isso realmente representa a diferença entre viver de forma independente e precisar de cuidados em moradias assistidas. Quando a mobilidade é perdida, tarefas básicas como sair às compras ou subir escadas podem se tornar impossíveis.”>
Os especialistas ressaltam que quanto mais cedo for iniciado o cuidado para evitar a rigidez, maiores as chances de preservar os movimentos. Porém, mesmo quem já sente limitações pode melhorar adotando novos hábitos.>
Mesmo em pessoas saudáveis, o processo natural afeta músculos, ossos e ligamentos. O médico Shane Journeay, do Providence Healthcare em Scarborough, explica:>
“Com o tempo, ligamentos e tendões perdem elasticidade, cartilagens e articulações passam a ter menos fluido e podem desenvolver artrite, a massa muscular tende a cair e os ossos ficam menos densos, aumentando o risco de fraturas.”>
Além disso, alterações progressivas na cognição, visão e sistema nervoso dificultam equilíbrio e mobilidade. Doenças como Parkinson ou sequelas de AVC podem agravar ainda mais o quadro.>
Steenhof também lembra que fatores como perda de audição e visão, além de medicamentos que causam fadiga ou tontura, elevam o risco de quedas.>
Esse conjunto de fatores cria um ciclo: a rigidez reduz a mobilidade, levando ao sedentarismo, o que acaba intensificando ainda mais a dificuldade de se mover.>
A boa notícia é que adotar uma rotina ativa é uma das formas mais eficazes de preservar mobilidade ao envelhecer. O diretor médico Lindy Romanovsky, do Instituto de Reabilitação de Toronto, destaca que o ideal é começar cedo, mas nunca é tarde.>
“Até caminhadas leves, seja no quarteirão ou dentro do prédio, já trazem benefícios. Não se trata de pedir para alguém correr uma maratona”, explicou.>
Quem pode investir encontra boas opções em atividades como hidroginástica, que além de ser de baixo impacto, ainda estimula a convivência social.>
Práticas como ioga e tai chi também são recomendadas, pois melhoram o equilíbrio e reduzem o risco de quedas em adultos mais velhos. Muitas comunidades oferecem essas atividades com frequência.>
Steenhof acrescenta que cuidar da visão e da audição também é fundamental: óculos bem ajustados ou aparelhos auditivos podem favorecer tanto a mobilidade quanto a estabilidade.>
Journeay ainda reforça que, ao notar que a rigidez afeta a rotina, é essencial procurar avaliação médica ou fisioterapêutica. Nesses casos, os profissionais podem indicar exercícios adaptados ou até dispositivos de apoio para caminhar.>
Com atividades físicas frequentes, estímulo ao equilíbrio, atenção à visão e audição e acompanhamento profissional, é possível preservar boa parte da mobilidade.>
A chave está na soma de prevenção e ação contínua: quem começa cedo tem mais chances de envelhecer com liberdade, mas mesmo mais tarde, nunca é tarde para adotar novos hábitos.>
O ponto central é não se render ao sedentarismo e manter o corpo em movimento.>