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Da Redação
Publicado em 8 de abril de 2022 às 17:12
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou à Justiça o vereador Gabriel Monteiro (PL) por ele ter filmado as relações sexuais que manteve com uma adolescente de 15 anos. A denúncia foi apresentada nesta sexta-feira (8), com pedido para que o parlamentar seja condenado. >
Em documento, a procuradoria afirma que o vereador, "de forma livre e consciente", filmou com o telefone celular uma cena de sexo explícito com uma adolescente que na época tinha 15 anos. A informação é do G1 RJ.>
A denúncia aponta que Gabriel Monteiro conheceu a garota na academia do condomínio onde o vereador mora. Os dois trocaram mensagens e ele convidou a adolescente para visitá-lo na mansão em que vive na Barra da Tijuca.>
Cinco meses depois, aconteceu o episódio em que Gabriel filmou os dois no momento do sexo. O vereador alegou que não sabia a idade da jovem, que teria se apresentado como tendo 18 anos. Também disse que a filmagem foi consensual, e negou ter vazado as imagens, que circularam por redes sociais e grupos de WhatsApp.>
Em depoimento à polícia, a adolescente contou que se encontrou com Gabriel durante cerca de 10 meses. A jovem diz que o vereador sempre a tratou "com carinho" e foi respeitoso, afirmando que a relação era consensual. Um dos irmãos dela, contudo, disse em depoimento que flagrou a irmã chorando uma vez por conta do relacionamento. >
O episódio aconteceu quatro meses antes do caso ser divulgado, segundo o irmão. Ele contou que ao questionar a adolescente, ela contou que queria acabar a relação com vereador, porque não lhe fazia bem, "mas não conseguia". Não há mais detalhes, segundo reportagem de O Globo que traz a informação. O depoimento não diz quais problemas haveria na relação, nem o que a impedir de terminar. O irmão contou que chegou a enviar mensagens para Gabriel pedindo que ele se afastasse da jovem.>
Câmara aceita representação Também hoje, vereadores da Comissão de Justiça e Redação da Câmara de Vereadores do Rio aceitaram a representação que pede a cassação de Gabriel. Dois dos três parlamentares da comissão votaram favoráveis em análise sobre se a representação atende aos aspectos legais. O terceiro se declarou impedido. >
"A comissão não julga mérito. A gente estava analisando cada fato chegando. Nós, da Comissão de Justiça e Redação, por maioria de votos, já que o Alexandre Isquierdo não pode votar por presidir o Conselho de Ética, decidimos pela admissibilidade", disse o presidente da comissão, Inaldo Silva.>
Agora, a representação segue para votação no Conselho de Ética da Casa. O relator, que será escolhido na terça, pode chamar testemunhas e recolher novas provas contra o vereador, além de ouví-lo. Cabe ao relator fazer o documento final, pedindo ou não a cassação de Gabriel. >