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Mistério em prédio da Paraíba: 20 moradores têm câncer em dois anos e caso vira investigação

Investigação reacende o debate sobre os efeitos das frequências, poluição e hábitos modernos na saúde celular

  • Foto do(a) author(a) Fernanda Varela
  • Fernanda Varela

Publicado em 11 de outubro de 2025 às 14:00

Prédios na Paraíba
Prédios na Paraíba Crédito: Reprodução

Um caso que chamou atenção do Ministério Público da Paraíba voltou a viralizar e gerar debates sobre a relação entre o ambiente e o aumento de doenças crônicas. Em apenas dois anos, vinte moradores de um mesmo prédio foram diagnosticados com diferentes tipos de câncer, um número considerado atípico para uma área tão pequena.

Bons hábitos podem ajudar a evitar o surgimento do câncer de esôfago (Imagem: ViDI Studio | Shutterstock) por Imagem: ViDI Studio | Shutterstock

A investigação, aberta em 2020, apurava a hipótese de que as antenas de telefonia instaladas no topo do edifício poderiam estar associadas ao aumento de diagnósticos. O procedimento foi instaurado após denúncia de moradores e resultou em solicitações de documentos, vistorias e esclarecimentos das operadoras que utilizavam o espaço para suas Estações Rádio Base.

Com mais de dez pavimentos, o edifício conta com 117 apartamentos. Segundo o síndico, 114 famílias viviam no local à época. Além das mensalidades condominiais, o prédio também recebia compensação financeira das empresas de telefonia que exploravam o topo do prédio para instalação de antenas.

De acordo com o advogado do condomínio, as antenas pertenciam a concessionárias autorizadas e devidamente licenciadas pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), seguindo padrões nacionais e internacionais de segurança. A Anatel explicou que as empresas são responsáveis por realizar medições periódicas dos níveis de radiação, conforme determina a legislação brasileira e as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Durante a apuração, o Ministério Público citou uma tese de doutorado defendida em 2010 na Universidade Federal de Minas Gerais que relacionava o aumento de casos de neoplasias à exposição a campos eletromagnéticos de antenas de telefonia celular. No entanto, especialistas em telecomunicações e saúde pública ressaltam que não há comprovação científica de relação direta entre as antenas e o desenvolvimento de câncer.

Até o momento, não houve divulgação pública de resultados conclusivos sobre o caso. Em 2023, o Tribunal de Justiça da Paraíba analisou outro processo envolvendo torres de celular em condomínios de João Pessoa e manteve a decisão de demolição de uma estrutura instalada sem aprovação dos moradores, reforçando a necessidade de controle e transparência na instalação desses equipamentos.

A história, embora antiga, voltou a circular nas redes sociais como se fosse recente. O caso segue como lembrança de um episódio que gerou grande repercussão e continua sendo citado como ponto de partida para discussões sobre saúde ambiental e os impactos das tecnologias de comunicação no cotidiano urbano.

Tags:

Câncer