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Morre Joyce Prado, diretora e roteirista de filmes sobre cultura negra, aos 38 anos

Cineasta era considerada uma das vozes mais atuantes e premiadas de sua geração

  • Foto do(a) author(a) Felipe Sena
  • Felipe Sena

Publicado em 11 de dezembro de 2025 às 17:47

Joyce faleceu aos 38 anos de idade
Joyce faleceu aos 38 anos de idade Crédito: Arquivo Pessoal

O cinema brasileiro perdeu um dos seus grandes nomes da cultura negra, Joyce Prado, de apenas 38 anos. A cineasta, produtora e roteirista foi fundadora da Oxalá Produções, focada em narrativas da cultura afro-brasileira e da diáspora africana.

Joyce era considerada uma das vozes mais atuantes e premiadas de sua geração, sendo referência na construção do fortalecimento de narrativas negras no cinema contemporâneo. Não há informação sobre a causa da morte de Joyce.

Cineasta, roteirista e diretora Joyce Prado por Reprodução | Redes Sociais

A diretora marcou sua trajetória com obras que unem estética apurada e resgate histórico. Seu primeiro longa-metragem e um dos mais conhecidos foi “Chico Rei Entre Nós” (2020), que conquistou o prêmio de Melhor Filme na 44ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, consolidando seu nome na indústria.

Joyce também construiu carreira artística marcante com a cantora Luedji Luna, dirigindo videoclipes que se tornaram sucessos de crítica e público, como “Banho de Folhas”, “3 Marias” e “Bom Mesmo é Estar Debaixo D’Água”. Os trabalhos renderam prêmios no Music Video Festival Awards (MVF) e no Womem’s Music Event (WME).

Como membro fundadora da Associação de Profissionais Negros do Audiovisual (APAN), desempenhou papel na luta por políticas de reparação histórica e representatividade negra no setor. Sua carreira ainda foi marcada pela forte presença internacional, participando de laboratórios como o Rotterdam Lab (Holanda), Berlinale Talents (Alemanha) e Ventana Sur (Argentina). Entre seus trabalhos recentes estão a série The Beat Diáspora (YouTube Originals) e Ancestralidades (canal Arte 1).

Em nota, a APAN reforçou seu compromisso em honrar a trajetória da cineasta: "Joyce deixa uma contribuição inestimável para o cinema, para a cultura e para a luta coletiva por memória, representação e justiça racial".

O Ministério da Cultura (MinC) também lamentou a morte de Joyce. “O Ministério da Cultura se solidariza com a família, amigas, amigos, colegas e todas as pessoas que foram tocadas por sua obra e sua trajetória”, diz a nota.

Através das redes sociais, a ministra da Cultura e cantora Margareth Menezes lamentou a morte da cineasta. A cantora compartilhou imagens dos bastidores do videoclipe de “Terra Aféfé”, lançado em fevereiro deste ano sob direção de Joyce. A ministra ressaltou sua sensibilidade artística e contribuição para o setor.

“Soube hoje pela manhã da passagem da querida Joyce Prado. O audiovisual brasileiro perde um de seus talentos muito cedo. Joyce foi a diretora do meu clipe ‘Terra Aféfé’, e através de seu olhar cuidadoso, criativo e sensível eternizou uma música muito especial para mim”, escreveu Margareth. “O legado de Joyce seguirá vivo em nós”, completou.

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Luto