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O perigo escondido nos alimentos com 'sabor chocolate' que muitos ignoram

Além de mais açúcar e gordura, esses produtos podem conter uma substância classificada como 'possivelmente cancerígena'

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 23 de julho de 2025 às 11:30

Nutricionistas alertam para o risco de obesidade e doenças cardíacas no 'sabor chocolate'
Nutricionistas alertam para o risco de obesidade e doenças cardíacas no 'sabor chocolate' Crédito: Freepik

Você imagina que “sabor chocolate” é igual a chocolate? Na prática, isso não acontece. Muitos alimentos usam apenas aromas e corantes para imitar o cacau, enganando quem espera consumir algo verdadeiro.

Para Maricy Ferreira, professora de Engenharia de Alimentos da USP, em entrevista ao UOL, “eles são uma imitação barata de chocolate, porque contêm um percentual ínfimo de cacau, geralmente de péssima qualidade, ou nem isso”.

Biscoitos, coberturas e recheios com “sabor chocolate” costumam ter muita gordura vegetal e açúcar no lugar do cacau. O resultado é um produto mais barato, mas com qualidade inferior e longe do que se espera de um bom chocolate.

O que diferencia o chocolate

Segundo as regras da Anvisa, um chocolate precisa ter no mínimo 25 % de sólidos de cacau — ou 20 % no caso do branco. Já os produtos “sabor chocolate” não atendem a esses percentuais e, muitas vezes, nem usam cacau na composição.

Chocolate da Turma da Mônica fez sucesso dos anos 1990 e voltou ao mercado por Divulgação/Nestlé

Para driblar isso, a indústria investe em aromatizantes artificiais e corantes como o caramelo IV para dar cor e cheiro. Apesar de parecerem chocolates, eles não têm a textura cremosa nem o gosto complexo do verdadeiro cacau.

As embalagens ajudam a confundir, exibindo imagens de chocolate ou cacau, mas no rótulo está apenas “sabor”. Ler a lista de ingredientes é fundamental para não se enganar e saber exatamente o que está comprando.

Porque isso pode fazer mal

Além de não entregar o sabor real, essas opções costumam conter muito mais açúcar e gordura. Isso contribui para doenças como obesidade, diabetes e problemas no coração quando consumidos em excesso, alertam especialistas.

O corante caramelo IV, presente em vários desses produtos, já foi apontado pela IARC (Agência Internacional de Pesquisa em Câncer) como “possivelmente cancerígeno”. Porém, a Anvisa garante que as doses permitidas nos alimentos estão dentro dos limites seguros para consumo.

Escolher essas imitações também diminui os antioxidantes naturais do cacau na dieta. Esses nutrientes, que ajudam a proteger o coração, não estão presentes em alimentos que só têm “sabor chocolate” no rótulo.

Como não ser enganado

Para ter certeza de que está levando chocolate autêntico, prefira produtos que tragam apenas “chocolate” no nome e cacau listado entre os primeiros ingredientes. Isso indica maior quantidade do ingrediente natural.

Versões com pelo menos 50 % de cacau são mais saudáveis, pois têm menos açúcar, menos gordura vegetal e menos aditivos sintéticos que tentam reproduzir o sabor do chocolate verdadeiro.

Com escolhas mais conscientes, você aproveita o melhor do chocolate e protege a saúde. Ficar atento aos rótulos é a forma mais eficaz de não cair nas armadilhas da indústria e comer algo realmente bom.