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Passageiro é impedido de viajar de avião por 10 anos por causa do seu nome

Erro no sistema da easyJet impede embarque de passageiro inocente com nome semelhante a banido

  • Foto do(a) author(a) Agência Correio
  • Agência Correio

Publicado em 8 de julho de 2025 às 05:00

Erro no sistema da easyJet impede embarque de passageiro inocente com nome semelhante a banido
Erro no sistema da easyJet impede embarque de passageiro inocente com nome semelhante a banido Crédito: imagem gerada por IA

A companhia aérea easyJet envolveu-se em uma situação delicada ao banir, por engano, um passageiro com base em um erro de identificação. Kieran Harris, de 21 anos, teve sua viagem abruptamente interrompida após receber uma notificação informando que estava proibido de voar com a empresa até 2031.

A justificativa: seu nome coincidia com o de uma pessoa que havia causado distúrbios em um voo anterior.

Malas devem ser guardadas no banheiro por Shutterstock

O jovem, que não possuía qualquer histórico de má conduta, enfrentou uma sequência de constrangimentos e obstáculos causados por uma falha nos procedimentos da empresa.

Além do impacto imediato, Harris foi surpreendido pela presença da polícia em sua casa, fato que agravou ainda mais o desconforto gerado pela situação.

A autoridade agiu com base em informações repassadas pela companhia aérea, sem verificar corretamente sua identidade. O caso foi resolvido com o envio do passaporte, mas as consequências emocionais e a desconfiança gerada ficaram.

O episódio levanta questionamentos importantes sobre a confiabilidade dos sistemas de verificação utilizados por grandes companhias aéreas.

Dados iguais aos de passageiro violento causam bloqueio

A confusão teve origem na semelhança de dados entre Harris e um homem envolvido em um incidente em 2021, em que passageiros e tripulantes foram ameaçados durante o voo.

Como os dois compartilham nome completo e data de nascimento, o sistema da easyJet presumiu tratar-se da mesma pessoa e emitiu automaticamente um banimento de dez anos. O problema só veio à tona quando Harris tentou confirmar detalhes da sua viagem e foi alertado sobre a proibição.

O fato de a companhia ter aplicado uma punição severa sem validar corretamente a identidade do passageiro expôs uma falha grave em seus protocolos.

A dependência de dados básicos como nome e nascimento, sem análise de documentos adicionais, resultou em uma decisão equivocada que gerou constrangimentos e prejuízos ao cliente errado. Esse tipo de erro levanta debates sobre os limites da automação e o risco de injustiças administrativas.

Ação policial intensifica sensação de exposição

O susto não parou no aeroporto. Harris foi abordado por agentes da polícia que, acreditando estar diante do passageiro banido, compareceram à sua residência.

A abordagem foi embaraçosa e causou tensão entre os familiares do jovem. Somente após checar a identidade com os documentos fornecidos é que os policiais reconheceram o engano e encerraram a visita.

O episódio serviu como alerta sobre o compartilhamento incorreto de dados e como isso pode impactar negativamente pessoas inocentes.

Para Harris, a presença das autoridades em sua casa por conta de um erro administrativo ampliou os danos causados pela confusão, tornando o incidente mais traumático do que um simples desencontro de informações.

Correção ocorre após envio de documentação à empresa

A solução veio apenas quando Harris enviou à easyJet uma cópia de seu passaporte. Com o documento em mãos, a companhia constatou que ele não era o autor do incidente de 2021 e liberou o embarque.

O processo, no entanto, ocorreu em cima da hora, o que gerou insegurança e comprometeu os planos do passageiro, que por pouco não perdeu o voo.

Apesar da correção, o jovem relatou que não recebeu nenhuma forma de compensação ou pedido formal de desculpas.

O tratamento frio e burocrático demonstrado pela companhia deixou a impressão de que a empresa prioriza seus sistemas internos em detrimento da experiência do consumidor, mesmo quando o erro é claramente dela.

Jovem avalia mudar de nome após o erro da easyJet

Diante de toda a situação, Harris passou a cogitar mudar legalmente de nome. Ele teme que, mesmo com a correção da easyJet, outros sistemas automatizados possam repetir o erro.

A insegurança com relação à sua identidade passou a ser uma preocupação constante, principalmente ao considerar viagens futuras ou registros em sistemas sensíveis.

Além disso, Harris afirmou que pensará seriamente antes de voar novamente pela easyJet. A quebra de confiança e o estresse provocado por uma falha evitável fizeram com que ele reavaliasse o relacionamento com a companhia aérea. O caso é um exemplo claro de como erros administrativos podem afetar profundamente a vida de pessoas inocentes.