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Agência Correio
Publicado em 24 de julho de 2025 às 17:39
Você já se perguntou se o envelhecimento pode ser revertido? A ideia pode soar como ficção científica, mas avanços recentes sugerem que talvez estejamos mais próximos dessa possibilidade do que nunca. >
Pesquisadores da Universidade de Harvard garantem que já conseguiram rejuvenescer tecidos e células em animais. O próximo passo, segundo eles, é iniciar testes em humanos, já no próximo ano.>
Os testes, liderados pelo professor David Sinclair, utilizaram uma combinação de terapias genéticas com inteligência artificial. Segundo ele, os resultados foram impressionantes. “Conseguimos reverter o envelhecimento em camundongos e macacos”, afirmou em entrevista ao podcast Moonshots.>
Nos experimentos, os cientistas conseguiram restaurar traços de juventude nos animais. Nos camundongos, bastaram quatro semanas de tratamento com moléculas específicas para observar melhorias físicas associadas à idade biológica. Já nos macacos, o rejuvenescimento foi evidente no nervo óptico, estrutura ligada à visão.>
Esses avanços se baseiam em uma linha de pesquisa que começou em 2020, quando o mesmo laboratório demonstrou a capacidade de reverter danos oculares em animais por meio da chamada reprogramação celular.>
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O método envolve ativar genes conhecidos como fatores de Yamanaka, que conseguem reprogramar células adultas para que voltem a um estado mais jovem. Embora essa proposta tenha sido recebida com ceticismo pela comunidade científica no início, os resultados obtidos em laboratório vêm mudando esse cenário.>
De acordo com Sinclair, o uso combinado de genética e inteligência artificial permitiu avanços antes considerados impossíveis. “Não é ficção científica. Fazemos isso rotineiramente em meu laboratório”, afirmou.>
Com os resultados em animais já obtidos, a equipe agora se prepara para iniciar os primeiros testes clínicos em humanos. O foco inicial será em doenças oculares, como o glaucoma e a neuropatia óptica isquêmica.>
A escolha não é por acaso: o olho é um órgão de fácil acesso e permite uma avaliação clara dos efeitos do tratamento. Caso os ensaios sejam bem-sucedidos, o estudo pode abrir caminho para novas abordagens no combate ao envelhecimento, e até no tratamento de doenças degenerativas.>