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Saiba como as tatuagens impactam no nosso sistema imunológico
Por que a remoção de tatuagens é um desafio tão grande para a medicina mesmo com os avanços tecnológicos atuais
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Agência Correio
Publicado em 1 de julho de 2025 às 05:00
Tatuagens provocam uma reação imunológica que vai muito além do que se imagina. Quando a agulha deposita a tinta na pele, o organismo reage de imediato, enviando células de defesa para tentar combater esse elemento estranho.
Por mais que o sistema imunológico tente remover o pigmento, ele não consegue eliminá-lo completamente. Isso porque as partículas são resistentes e acabam sendo armazenadas dentro das células de defesa, que as mantêm presas por tempo indeterminado.
Por que a tatuagem não desaparece
Quando a tinta é injetada na pele, os macrófagos rapidamente capturam os pigmentos, tentando proteger o organismo. Porém, eles não conseguem quebrar ou dissolver essas partículas.
O pigmento permanece dentro das células. Quando os macrófagos morrem, outras células imunes assumem o papel de armazenar o pigmento, o que garante a longevidade do desenho na pele.
Migração da tinta pelo corpo
Além de ficar na pele, uma parte da tinta pode migrar para outras regiões, principalmente para os gânglios linfáticos. Esse deslocamento é natural, pois os macrófagos circulam pelo corpo transportando os pigmentos.
Embora os efeitos desse processo ainda não sejam totalmente conhecidos, os cientistas alertam para a possibilidade de que o acúmulo de pigmentos nos gânglios possa gerar algum impacto na saúde no futuro.
Tatuagens e os riscos de alergias
As alergias provocadas pelas tatuagens são mais comuns do que se imagina. Pigmentos vermelhos, especificamente, estão frequentemente associados a reações adversas, como irritação, descamação e nódulos na pele.
Essas reações podem surgir pouco tempo após a tatuagem ou até anos depois, surpreendendo quem acreditava não ter nenhum problema. Elas podem ser leves, mas em alguns casos exigem intervenção médica.
Soluções modernas para remoção
Graças ao entendimento de como o sistema imunológico lida com os pigmentos, surgiu uma nova técnica de remoção. Ela utiliza anticorpos específicos para destruir os macrófagos que carregam a tinta.
Após essa etapa, o uso do laser se torna muito mais eficaz, já que o pigmento não volta a ser recapturado pelas células. Isso permite um clareamento mais rápido, com menos sessões e menos riscos para a pele.