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Agência Correio
Publicado em 18 de junho de 2025 às 15:00
O número 190 está gravado na cabeça de quase todo brasileiro como o canal direto com a Polícia Militar. Mas nem sempre foi assim. Antes de 1981, não havia padronização nos números de emergência — e ligar para a polícia significava discar um número longo e ainda pagar pela chamada. >
Essa realidade começou a mudar em 1980, quando a Polícia Militar de São Paulo, por meio do Cecopom (Centro de Comunicação), se uniu à Telesp (antiga estatal de telecomunicações) para criar um sistema unificado e gratuito de atendimento a emergências.>
Na época, alguns serviços úteis já usavam números curtos começando com 1, como o 102 (informações) e o 130 (hora certa). Para o novo número da polícia, escolheu-se manter o “1” para seguir o padrão e o “9” para diferenciar dos demais. O “0” foi adicionado por ser o primeiro de uma nova série de serviços públicos criados naquele ano.>
A ligação gratuita também foi uma novidade. Em 1980, a ONU recomendou que todos os países disponibilizassem acesso sem custo a serviços de emergência, e o Brasil acatou a mudança.>
Até então, para acionar a Polícia Militar era preciso ligar para o 227-3333 — um número comum e tarifado como qualquer outro. A mudança não só facilitou o acesso, como também aumentou a quantidade de atendimentos. Hoje, o 190 recebe mais de 40 mil chamadas por dia.>
Forças de segurança
A criação do 190 fez parte de uma padronização maior. Confira outros números criados no mesmo ano: >
191 – Polícia Rodoviária Federal>
192 – Ambulância (hoje, SAMU)>
193 – Corpo de Bombeiros>
194 – DSV (atualmente Polícia Federal)>
195 – Sabesp (desativado em 2023)>
197 – Polícia Civil>
198 – Polícia Rodoviária Estadual>
199 – Defesa Civil>
Essa organização marcou o início do que hoje conhecemos como números de emergência. Curtos, gratuitos e fáceis de lembrar.>