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Victor Villarpando
Publicado em 9 de novembro de 2014 às 07:14
- Atualizado há 2 anos
A linha Ekos, da Natura, agora tem mais ativos amazônicos na fórmula (Foto: Divulgação)A Natura oficializou, esta semana, mais dois passos em direção à sustentabilidade: a nova fórmula dos sabonetes da linha Ekos e o Ecoparque Industrial, no Pará. No produto, a principal diferença está na utilização de ativos amazônicos na base, como, por exemplo, andiroba e murumuru. Antes, a composição tinha apenas o óleo de palma. Hoje, 5% da composição já conta com a inovação.A base dos sabonetes, chamada de noodle, passou a ser feita também com ativos da Amazônia, ao invés de apenas óleo de palma (Foto: Victor Villarpando)Já a indústria leva para o estado de origem o beneficiamento da matéria-prima. "Antes do Ecoparque, o pessoal do Pará só extraia manteigas e óleos da Amazônia. Isso era beneficiado em São Paulo. Agora sai tudo daqui, já pronto. Buscamos sustentabilidade num modelo inclusivo de negócios, que seja bom também para a floresta e seus habitantes", explica Renata Puchala, gerente de Sociobiodiversidade do Programa Amazônia da Natura. De acordo com ela, na fábrica paraense foram gerados 228 empregos diretos e 130 terceirizados. Na associação Jauarí, a 3 horas de Belém, vêm as sementes de alguns dos ativos amazônicos usados nos sabonetes da linha Ekos (Foto: Victor Villarpando)Os moradores do Jauari fazem a extração direto das árvores, respeitando o tempo de cada planta (Foto: Victor Villarpando)Para entender melhor as mudanças e conhecer o processo, o CORREIO embarcou numa viagem para Belém do Pará. Visitamos a comunidade do Jauari, que fica a 3 horas da capital. De lá vêm algumas das sementes da floresta que a empresa usa nos sabonetes. Depois, fomos conhecer o Ecoparque, lugar onde são fabricados os produtos. O espaço tem 172 hectares, dos quais a fábrica da Natura ocupa cerca de 10 mil metros, toda trabalhada na sustentabilidade. "Fazemos captação da água da chuva para usar no sistema de conforto térmico e com isso economizamos mais de 40% da energia que seria usada no ar-condicionado", diz José Mattos, profissional à frente do Programa de Relações Comunitárias e Empreendedorismo do Ecoparque. Nos tanques da fábrica são produzidos cerca de 8,5 toneladas de noodle por mês (Foto: Victor Villarpando)A linha de produção tem cheiro delicioso e ritmo frenético: mais de 180 mil barras de cada produto produzidas por semana (Foto: Victor Villarpando)O complexo possui ainda um sistema de jardins filtrantes, que, através de plantas e flores, neutraliza todos os resíduos da fábrica. "A água sai daqui tratada e tem menos da metade dos coliformes fecais que a Secretaria do Meio Ambiente determina", afirma José. >
*O jornalista viajou a convite da Natura. >