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Cantora Manuela Rodrigues lança álbum Manu, que celebra seus 25 anos de carreira

Disponível nas plataformas de streaming, o disco possui sete faixas com participações de Ailton Krenak, Fabiana Cozza, Zé Manoel e Jadsa

  • Foto do(a) author(a) Luiza Gonçalves
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 8 de abril de 2025 às 09:20

Cantora Manuela Rodrigues lança álbum Manu, que celebra seus 25 anos de carreira    
Cantora Manuela Rodrigues lança álbum Manu, que celebra seus 25 anos de carreira     Crédito: Divulgação/Sara Regis

Quinto álbum de estúdio da cantora, compositora e instrumentista Manuela Rodrigues, Manu chega como uma celebração da maturidade e da relação íntima da artista baiana com o dom da canção, construída durante 25 anos de carreira nos palcos e no ensino musical. “É como se fosse o sumo de mim”, define. Em suas sete canções, o álbum abre um universo pessoal na lírica e liberto do cantar, questionando o cotidiano e refletindo as visões da manuela de hoje.

“O Manu chega num momento do amadurecimento artístico, que vai acontecendo quando experimentamos outras coisas, temos outras vivências. Hoje, eu sou outra artista no palco e me sinto mais madura nesse sentido. O mercado mudou muito desde que eu comecei, sinto como se tivesse que correr atrás de uma atualização o tempo inteiro, mas, ao mesmo tempo, eu acho que tem menos ansiedade. Quando a gente começa uma carreira, tem muitas expectativas, pressões, sonhos; e hoje estou mais tranquila, porque entendo que a música na minha vida é uma coisa contínua, sempre vai existir”, diz Manuela.

A atuação como cantora que compõe e interpreta suas próprias músicas sempre foi um dos destaques de Manuela Rodrigues no mercado, narrando desde 2003 suas observações do cotidiano num trabalho autoral e independente. Em Manu, essa prática e as relações interpessoais ganham ainda mais protagonismo. As canções perpassam as demandas do dia a dia e tecem reflexões sobre o hiperestímulo informacional vivenciado hoje.

“A vida que estamos levando tem algo de errado. Não acho que esse seja um projeto das nossas vidas. Então, eu como indivíduo, como mulher negra, canto esses pontos. É uma forma de botá-los para fora”, desabafa. Essa é a essência da primeira canção do álbum, Minimalista, que reflete a ideia de esvaziamento dos excessos na vida moderna e a busca pelo essencial. A faixa foi inspirada e presta homenagem ao ativista e imortal da Academia Brasileira de Letras Ailton Krenak, contando com um trecho da palestra Com o Que Sonha a Terra, realizada na Festa Literária Internacional do Pelourinho (Flipelô), em 2022. Além de Krenak, o álbum conta com participações de Fabiana Cozza, Zé Manoel e Jadsa.

Mulher por inteiro

Outro destaque no álbum são as faixas Nobre Mulher e Delírio Letal, que se aprofundam na saúde mental, física e afetiva das mulheres negras, temáticas que têm sido levadas com mais atenção nas composições de Manuela nos últimos anos. “Entender e externar que uma mulher pode ser inteira, pode brilhar e que viver plenamente não seja um risco na sociedade”, defende a cantora.

Na sonoridade instrumental, Manu traz uma mistura típica da trajetória de Manuela Rodrigues, com elementos da MPB, pop, jazz, progressivo e eletrônico. “Foi muito espontâneo, porque eu já toquei com a maioria dos músicos presentes no disco. A gente vem experimentando as sonoridades nos shows, criando os arranjos coletivamente, então, foi bem natural”, pontua. A cantora assina a produção do álbum junto com Tadeu Mascarenhas e divide os acordes das faixas ao lado de Ruan de Souza, Alexandre Vieira, Marcos Santos, Iuri Passos, Alana Gabriela, Ian Cardoso e João Teoria.

Já no canto, Manuela demarca uma diferença crucial em relação aos trabalhos anteriores: deixou um pouco de lado a busca pelo purismo, pela perfeição sonora, e focou na liberdade interpretativa. “Vivi momentos neste disco em que me vi deixando correr solto algumas coisas em favor da interpretação. Eu queria que o sentido da música estivesse à frente, muito mais do que um som belo para minha voz”, garante.